Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cafeo, Marta Regina Garcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183271
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Resumo: |
A tese teve como objetivo analisar as representações sociais das mulheres olímpicas brasileiras e estrangeiras, a partir das capas do jornal O Globo Rio e do Caderno Especial Rio 2016, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. A participação das mulheres na Rio 2016 foi um destaque, representando 46% dos atletas inscritos, o maior número de mulheres na história dos jogos, e suscitou vários debates sobre igualdade de gêneros. Vários estudos demonstraram que a cobertura esportiva da mídia tende a privilegiar os homens atletas em detrimento das mulheres, e que as atletas costumam ser muito mais retratadas por sua aparência, roupas e vida pessoal em reportagens sobre esportes, do que pelos seus feitos no esporte. A pesquisa apresenta revisão bibliográfica dos estudos de gênero e representações sociais das mulheres; do jogo como elemento da cultura, da dominação masculina no campo esportivo, história das mulheres nos esportes no Brasil e a trajetória das mulheres nas Olimpíadas. Como metodologia, utiliza-se da Análise Crítica do Discurso, para identificar as construções discursivas e as representações das atletas, nas capas do jornal O Globo e do Caderno Especial Rio 2016. Considera-se que a mídia tem um papel importante na construção de novas representações, oportunizando espaço para as mulheres atletas apresentarem sua inserção na prática de esportes. Os discursos da mídia ensejam uma análise de representações, significados e de aspectos simbólicos relativos às configurações de gêneros, pois carrega sentidos que expressam relações de poder, posições sociais e ideológicas, que impactam no empoderamento das mulheres. Hoje, apesar de a mulher ter tido várias conquistas na busca de seus espaços e direitos, e muito embora o discurso igualitário entre os gêneros esteja presente em diversas áreas como cultura, educação, legislação e esporte, as mudanças ainda são lentas quando se analisam as representações das mulheres na mídia de forma geral. No ambiente do esporte, não é diferente. Os resultados apontam que o jornal, nas suas capas, evitou o machismo e sexismo, presentes em diversas coberturas jornalísticas do esporte. As imagens das mulheres atletas foram apresentadas no contexto esportivo, sendo momentos de comemoração pela vitória ou medalha, e em outros durante a performance na competição. Por outro lado, foram identificadas diversas representações sociais, por meio das formações discursivas, que ora apresentam as mulheres atletas como guerreiras, ora como meninas. A visão androcêntrica ainda persiste no texto jornalístico, bem como a invisibilidade e a sub-representação de conquistas importantes para as mulheres atletas.. |