A produção de ciência e tecnologia nas IFES e o trabalho do professor empreendedor na Universidade Federal Fluminense
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14811 |
Resumo: | A presente tese aborda como se produz ciência e tecnologia, hoje, no Brasil e como essa nova maneira de produção do conhecimento afeta o trabalho dos professores/pesquisadores no conjunto das pequenas e médias universidades federais brasileiras, entre os anos de 1995 e 2016, em especial na Universidade Federal Fluminense (UFF). Concentra-se no estudo do trabalho dos chamados professores empreendedores , categoria que surge a partir da hierarquização interna criada na disputa por modelos de universidade antagônicos, donde emergem as universidades empreendedoras . Apresenta o novo papel atribuído pela reforma do Estado e assumido pelas instituições federais de ensino superior (IFES), no processo necessário ao capital a fim de aumentar sua produtividade e baratear o valor da força de trabalho. Destaca a importância do empreendedorismo nesse processo de precarização e intensificação do trabalho e a importância que os APH s (aparelhos privados de hegemonia) da burguesia assumem diretamente na formulação das políticas públicas de educação superior, de emprego e de produção de ciência e tecnologia. A disseminação da cultura do empreendedorismo impregna a universidade pública, alterando suas bases, abrindo espaço para que o caráter público das instituições seja solapado por uma privatização interna defendida pelos pares, aliada a participação de grupos empresariais com objetivos econômicos e predominantemente ideológicos. Analisa as relações entre os aparelhos privados de hegemonia da burguesia, os organismos internacionais, os órgãos formuladores das políticas, o papel das agências de fomento e avaliação, dos intelectuais acadêmicos e dos gestores acadêmicos na propagação dessa cultura empresarial nas IFES. Desvela as ações da fundação privada de apoio à UFF e da Agência de Inovação no direcionamento dos recursos captados externamente, analisando cada uma das unidades acadêmicas que se apresentam como parceiras desse modelo de universidade na UFF. Apresenta como resultado a surpreendente constatação de que a maior parte dos recursos financeiros auferidos, bastante acanhados, diga-se de passagem, são captados junto a agências governamentais ou empresas públicas ou de economia mista, e que tais valores em grande medida são direcionados ao mercado privado de cursos de pós-graduação lato sensu para pagamento de bolsas aos próprios professores da instituição. Conclui que a cultura institucional do empreendedorismo na UFF, capitaneada pelos professores empreendedores , apresenta caráter majoritariamente ideológico no que tange a seus objetivos gerais e econômicos frente aos objetivos individuais |