Mudanças na alimentação de estudantes de uma Universidade Pública, durante a pandemia de COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Simões, Marijoe Braga Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20248
Resumo: A pandemia de Covid-19 teve implicações diretas na qualidade de vida, saúde e renda da população mundial. Grande parte dos brasileiros passou a ficar mais tempo em casa e a rotina dos estudantes universitários foi afetada pelo fechamento dos sistemas educacionais. O presente estudo buscou investigar se houve mudanças no consumo alimentar de estudantes universitários de uma universidade pública do Estado do Rio de Janeiro no primeiro ano da pandemia de Covid-19, e possíveis fatores associados. Os ingressantes na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no ano de 2019 foi a população alvo. Os dados foram coletados através de questionário on-line, entre agosto de 2020 e março de 2021. Do total de 3.973 ingressantes com email, 771 responderam ao questionário (19,4%). Foram investigadas variáveis demográficas, socioeconômicas e de consumo alimentar. Mudanças no consumo alimentar de 29 itens: ovos, doces, bolos, chá, café, queijo, sucos naturais, legumes, frutas, pães, raízes, pipoca, verduras, arroz, refrigerantes, leite, biscoitos doces, macarrão, alimentos prontos para consumo, sucos industrializados, carnes, iogurte, feijão, enlatados, biscoitos salgados, oleaginosas, refrigerantes diet/zero, salgadinhos de pacote e bebidas alcoólicas, foram avaliadas pela frequência de aumento ou redução. Associações entre essas mudanças e sexo, status de peso, raça/cor de pele e alteração na renda familiar foram avaliadas por regressão logística ajustada por idade. As análises foram ponderadas considerando a taxa de resposta por curso e sexo. Ocorreram grandes mudanças na alimentação, sendo as principais, o aumento no consumo de doces (52,3%), ovos (49,3%) e bolos (44,0%) e a redução no consumo de bebidas alcoólicas (36,9%), salgadinhos de pacote (33,3%) e biscoitos doces (28,9%). Universitários com excesso de peso apresentaram menor chance de aumentar o consumo de sucos naturais (OR:0,6; IC:0,5-0,9) em relação aos sem excesso de peso. Universitários negros apresentaram maior chance de aumentar o consumo de sucos naturais (OR=1,3; IC:1,1-1,7) e leite (OR=1,4; IC:1,1-2,0) em relação aos brancos. Com exceção para poucos alimentos, não houve mudança associada aos fatores avaliados e, no geral, a alimentação parece ter melhorado com redução de um terço para bebidas alcoólicas, salgadinhos de pacote e biscoitos doces.