O formato playlist: a prescrição musical entre filosofias de programação radiofônica e engenharias da experiência musical automática
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16581 |
Resumo: | Esta tese investiga as características e condições de produção e comunicação da playlist musical automática em plataformas de streaming. Ao definir a playlist como um formato, destaca a importância de se estudar o emaranhado de valores culturais, políticos e sociais nas decisões que prescrevem práticas de consumo musical e dão forma aos artefatos com os quais se tem acesso à produção cultural contemporânea. Frente a um objeto de estudo refratário a pesquisas independentes, emprega uma metodologia experimental que mistura investigação de documentos empresariais, editoriais e arquivos eletrônicos com revisões bibliográficas sistematizadas de produções acadêmicas sobre o conceito de playlist e sobre a recomendação automática musical. Complementa-se a análise documental com entrevistas e análise das ofertas musicais dentro dos aplicativos dos serviços. A pesquisa, de cunho qualitativo, busca a emergência de temas e conceitos chave para compreender as maneiras como se constróem as playlists e como são divulgadas e avaliadas por aqueles que as produzem, programadores de sistemas de recomendação e editores musicais. O trabalho assim, defende que a playlist automática é construída com base em um ouvinte imaginado que busca uma experiência individual e personalizada e uma filosofia de programação de engenharia das experiências de audição musical. Além disso, o formato da playlist pressupõe a impossibilidade de separação entre expressões automáticas e editoriais, uma vez que as duas se misturam em sua apresentação pelas plataformas de streaming e nos cotidianos de produção, orientados pela plataformização dessas indústrias de difusão e distribuição musical digitais. Levanta-se, por fim, as possíveis consequências dessa forma de abordar a prescrição musical para a promoção da diversidade musical e para a própria experiência musical na sociedade contemporânea. |