[pt] FRUIÇÃO FONOGRÁFICA NA ERA DO STREAMING

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: RAFAEL DE OLIVEIRA PECANHA ORTMAN
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67111&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67111&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.67111
Resumo: [pt] No final do século passado, a apropriação de duas novas tecnologias pelo grande público desestruturaram a indústria fonográfica. Mas o compartilhamento generalizado de mp3 pela internet não impactaria somente o negócio das grandes gravadoras, mas também a própria função da escuta musical. Mais móvel, extensa e flexível, a fonografia se torna virtualmente ubíqua, ganhando novas potencialidades, revelando outras aspirações por parte dos ouvintes. Por mais de uma década, a audição de música gravada fica à margem da monetização institucional e sua experiência uma atividade sem um projeto específico por parte da indústria. As plataformas de streaming de música, sob o pioneirismo do Spotify, surgem nesse contexto, convertendo em serviço o que era produto e concebendo um novo conceito para a experiência fonográfica. Nesse novo modelo de negócio, uma escuta musical de alto valor simbólico para fruição estética, objeto de interesse de um público aficionado, perde espaço para uma audição situada, funcional, em que a música associada à rotina e ao estado mental do usuário agrega valor aos seus dados coletados no mercado de publicidade programática. A perda de centralidade no público-alvo e a própria visão corporativa sobre a fonografia indica a alienação do fã de música pela própria indústria. Esta pesquisa exploratória se destina a investigar como este nicho se sente com relação ao atual contexto e de que forma ele contempla suas necessidades de fruição fonográfica através de uma escuta dedicada. Para tal, além de uma revisão bibliográfica destinada a examinar a lógica sobre a qual as plataformas de streaming operam, seu modelo de negócios e qual o papel do fã nesse cenário, entrevistamos 40 indivíduos de 18 a 70 anos que se identificam como fãs de música. Se nossa pesquisa de campo indicou que o referido nicho utiliza as plataformas para audição dedicada, é significativa a amostragem da utilização de outros recursos, como a prevalência da mídia física, especialmente o vinil, e a recorrência ao audiovisual para obter experiência estética.