Hipoesplenismo funcional em transplante renal
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8522 |
Resumo: | A partir da observação, à ultrassonografia (US), de que ocorria redução do tamanho do baço em receptores de transplante de rim (RTRs) após >seis meses do procedimento, foi levantada a hipótese da existência de hipoesplenismo funcional (condição que pode aumentar o risco de infecções, neoplasias, trombose do enxerto e morte), em parte deste grupo de pacientes. Este estudo foi, então, conduzido para verificar a ocorrência do fenômeno, determinar sua prevalência, comparar métodos diagnósticos usados para seu diagnóstico e verificar sua associação com drogas imunossupressoras usadas na manutenção da função do enxerto renal. A avaliação anatômica do baço incluiu a determinação de seu diâmetro longitudinal (DLB) e dados de Doppler, obtidos em artérias esplênicas e intraesplênicas. As funções fagocítica e imunológica foram avaliadas através da pesquisa de corpúsculos de Howell-Jolly (HJ) no esfregaço de sangue periférico, da cintilografia hepato-esplênica com 99mTc-Sn-coloidal e da quantificação (percentagem e número absoluto) de subpopulações de células B, no sangue periférico, por citometria de fluxo. Em todos as avaliações foram observadas alterações e seus resultados foram comparados entre si. Quando os resultados da pesquisa de HJ e da cintilografia foram divergentes (HJ positivo e cintilografia normal), foi observado que a ocorrência da alteração hematológica foi mais frequente nos pacientes que apresentavam menor DLB, sugerindo que, nestes casos, a massa de tecido esplênico funcionante ( massa crítica ) seria inferior à para a remoção de eritrócitos senescentes da circulação. Quando os grupos em uso de inibidores de calcineurina (IC) ou sirolimo (SRL) foram comparados, associação entre menor DLB e uso de SRL foi encontrada, sem que a disfunção esplênica pudesse ser atribuída a esta droga. Quando os grupos em uso de combinações à base de micofelonato de mofetila (MMF) foram comparados, de acordo com as distribuições dos diferentes subtipos de células B, associação estatisticamente significativa entre terapia com micofenolato-esteróide (MMF-ST) e redução na proporção de células B switched de memória foi encontrada (p=0.028). De acordo com a anormalidade da função fagocítica, determinada pela presença de HJ, a prevalência de hipoesplenismo em RTRs foi estimada em 30%. Se observada a combinação HJ presente-redução da captação do radiocolóide na cintilografia, em 29.09%. E quando consideradas, em conjunto, as funções fagocítica e imunológica do baço, a prevalência do quadro foi calculada em 14,55%. Em conclusão, o conjunto dos resultados permitiu confirmar a ocorrência de hipoesplenismo funcional em RTRs, em prevalência elevada, definir que a US-Doppler do baço é método que pode apontar para a existência do fenômeno e verificar como o transtorno se correlaciona com a dose e o tempo de exposição ao MMF (p<0.001). |