Função renal em 12 meses de transplante de rim comparando tacrolimo e micofenolato com tacrolimo e imTOR em doadores com diferentes faixas de KDPI: um estudo de coorte multicêntrico utilizando escore de propensão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues, Arlisson Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251001
Resumo: Introdução: A combinação de tacrolimo associado a imTOR comparado a tacrolimo associado a micofenolato (MF) demostrou-se segura no estudo multicêntrico TRANSFORM. Para doadores com KDPI (Kidney Donor Profile Index) elevado, entretanto, não há dados para comprovar a eficácia deste regime. O objetivo principal desse estudo foi explorar a influência do espectro do KDPI na função renal em 12 meses (TFGe) em pacientes recebendo imTOR ou MF. Materiais e métodos: Estudo de coorte multicêntrico de quatro grandes serviços brasileiros que utilizam o regime de tacrolimo associado a imTOR como protocolo. Foram levantados os dados de 2008 a 2018 dos regimes tacrolimo/micofenolato (MF) e tacrolimo/imTOR (imTOR) em transplantados renais maiores de 18 anos. Visando uma melhor homogeneidade, foi utilizado o escore de propensão. Após, o método usado para a seleção dos grupos (“match”) foi o dos vizinhos próximos (KNN) usando um calipter de 0,2. Novas análises foram realizadas nesta nova amostra balanceada e foram constituídas duas diferentes subamostras com base na mediana do KDPI. Para estas análises foram utilizados o software R 3.4.2 e o pacote MatchIt. Resultados: A análise global (n=870) mostrou que o maior determinante de pior função renal foi o KDPI elevado. Após, foram analisados os três estratos. No primeiro estrato (KDPI até 50) foram avaliados 242 pacientes com 121 em cada grupo. A TFGe foi de 64 ml/min/1,73m2 no grupo imTOR comparada a 63 no grupo do MF, p=0,4 e quando avaliada TFGe imputada, 61 no imTOR e 53 no MF, p=0,065. No segundo estrato (KDPI de 50 a 85), foram avaliados 282 pacientes com 141 em cada grupo. A TFGe foi 46 ml/min/1,73m2 no imTOR comparada a 48 no MF, p=0,4 e quando avaliada TFGe imputada, 40 imTOR e 41 MF, p= 0,8. No último estrato (KDPI maior que 85) com n=126 e 63 casos por grupo, a TFGe foi 36 ml/min/1,73m2 no imTOR comparada a 39 no MF, p=0,2 e quando avaliada TFGe imputada, 30 imTOR e 34 MF, p= 0,2. Os desfechos de rejeição, óbito, perda do enxerto também foram semelhantes nos três estratos. A incidência de citomegalovírus foi menor em todos os estratos nos pacientes em uso de imTOR. Conclusão: O uso de tacrolimo/imTOR foi comparável ao tacrolimo/MF em todos os estratos de KDPI quanto a função renal ao fim de 12 meses, incidência de rejeição, perda do enxerto e óbito. O índice de infecção por citomegalovírus foi menor nos grupos de imTOR em todos os estratos.