Avaliação da função esplênica em pacientes transplantados pela cintilografia hepatoesplênica com estanho coloidal (99mTc) e correlação dos achados qualitativos e quantitativos
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8528 |
Resumo: | O transplante renal é considerado a terapia de escolha na substituição da função renal em pacientes com insuficiência renal crônica. O hipoesplenismo funcional pode surgir como uma complicação do transplante de órgãos sólidos, dependendo do estado de imunosupressão e da exposição a que estão sujeitos estes pacientes e pode ser diagnosticado tanto por critérios hematológicos, cintilográficos quanto imunológicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o hipoesplenismo funcional em pacientes pós-transplante renal, por meio da cintilografia hepatoesplênica com 99mTc-estanho coloidal, nas incidências anterior e posterior, através da análise quantitativa e qualitativa. Neste estudo foi realizada a cintilografia planar dos grupos controle (108 indivíduos) e 88 pacientes receptores de transplante renal (RTRs), para obtenção da média das contagens e das áreas do fígado e do baço. Como parâmetro quantitativo foi também utilizada a relação matemática entre o valor médio das contagens do baço pela sua área média e o valor médio das contagens do fígado pela sua área média, definido como relação baço/fígado (B/F). O exame de ultrassonografia foi realizado para medir o diâmetro longitudinal do baço (DLB). O resultado mais relevante deste trabalho foi a maior captação do radiofármaco 99mTc-estanho coloidal pelo fígado e baço no grupo de RTRs, em relação ao grupo controle, devido a uma possível ativação do sistema mononuclear fagocitário, causado por infecções recorrentes, relacionadas à imunossupressão. Outro achado relevante foi a concordância, em termos gerais, entre os laudos fornecidos pelos especialistas em medicina nuclear e as contagens geradas pelas áreas de interesse, no processamento das imagens. Estas cintilografias mostraram que há uma prevalência de indivíduos hipocaptantes no grupo dos RTRs (86,7%) para uma relação B/F<0,564 e 93,2% de indivíduos normocaptantes para uma relação B/F>0,910. Dessa forma, a inclusão da relação B/F pode ser um parâmetro auxiliar na interpretação de casos duvidosos, no acompanhamento dos pacientes RTRs. Destaca-se ainda neste estudo, a relevância dos dois diferentes métodos utilizados para dimensionamento do baço, através da correlação linear direta estabelecida entre o DLB (obtido pela ultrassonografia) e a área do baço (obtida pela cintilografia na incidência posterior). Um menor DLB, obtido pela ultrassonografia dos pacientes transplantados, foi associado ao uso de rapamicina. A área do baço obtida pela cintilografia hepatoesplênica foi menor quando comparada aos pacientes em uso de tacrolimus. Contudo, a área do baço no grupo em uso de rapamicina não foi diferente daquela observada no grupo controle e o grupo em uso de tacrolimos apresentou área de baço superior ao grupo controle. Estes são achados novos na literatura. Em conclusão, sugere-se que a análise da cintilografia hepatoesplênica, para a investigação de hipoesplenismo pode ser melhorada com a utilização combinada das avaliações qualitativas e quantitativas (relação B/F). |