Ações colaborativas em Comunicação Alternativa para crianças com deficiência no ensino infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Vera Lucia Vieira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10404
Resumo: O número de matrículas de crianças em creches e na pré-escola vem aumentando acentuadamente na última década e espera-se que a ampliação do acesso repercuta no aumento do número de crianças com deficiência na educação infantil, correspondendo à política de Educação Inclusiva. Uma parcela de crianças com deficiência apresenta alteração do desenvolvimento da fala e da coordenação motora, gerando prejuízos na capacidade de se comunicar e de realizar atividades com uso de suas mãos, com consequências limitantes e restritivas para a participação em atividades lúdicas e pedagógicas. Para oferecer possibilidades de participação ativa para estas crianças é necessário um conjunto de intervenções na área da Tecnologia Assistiva - TA, em especial na área da Comunicação Alternativa e Ampliada - CAA. Para contribuir com o tema, ainda pouco estudado em nosso país, foram realizados dois estudos. O Estudo 1 pretendeu conhecer o perfil das crianças com deficiência física e seus educadores, no contexto da educação infantil em uma área administrativa da Cidade do Rio de Janeiro. Um survey revelou o pequeno número de crianças com deficiência física incluídas em creches e pré-escola da região estudada, a necessidade de formação dos professores e a demanda de TA para uma parcela desses alunos. O Estudo 2 objetivou introduzir e analisar os efeitos do uso da CAA e outros recursos de TA com três crianças com deficiência e necessidades comunicativas complexas, através de estudo de delineamento quase experimental intrassujeitos (linha de base, intervenção e follow up). A metodologia foi quali-quantitativa, com aplicação de questionários, entrevistas e protocolos para caracterizar o desenvolvimento das crianças. A intervenção ocorreu na perspectiva da ação colaborativa do terapeuta ocupacional com as professoras, e tornou possível a introdução dos recursos de TA, especialmente da CAA, na sala de aula, em benefício dos demais alunos também. Com base nas sessões filmadas, realizou-se a análise quanto à ocorrência de interação em intervalos de 2 minutos e, em metade das sessões, analisou-se as características dos episódios interativos efetivados. Apresentou-se a análise dos dados de duas crianças, sendo verificado que a intervenção produziu efeitos positivos como aumento: da duração das interações das crianças com professoras e colegas; das respostas das crianças às solicitações dos professores e mediadores; das possibilidades expressivas das crianças com uso de diferentes modalidades de respostas; do envolvimento das crianças nas atividades dirigidas; e do aumento da interação das crianças com colegas nas atividades livres. Os recursos de CAA com representações simbólicas foram usadas pelas crianças na maioria das suas iniciativas e respostas. A ação colaborativa contribui na formação dos professores/mediadores que ampliaram ou iniciaram o uso de objetos e imagens. Os dois estudos apontaram a necessidade da ação colaborativa entre profissionais de saúde, entre os quais o terapeuta ocupacional, e de educação favorecendo a entrada e a permanência da criança com deficiência na educação infantil e corroboraram com a necessidade de se iniciar o uso da CAA e outros recursos de TA tão logo haja a identificação das dificuldades para que a criança possa se beneficiar das atividades da educação infantil