A clínica psicanalítica no front de guerra às drogas: demanda, supereu e identificação nos equipamentos AD
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14574 |
Resumo: | Nesta tese propomo-nos a investigar a clínica dos equipamentos de saúde mental da Rede de Atenção Psicossocial voltados ao uso prejudicial de substâncias psicoativas, a partir das questões que se evidenciaram no contexto da Unidade III do CIAPS Adauto Botelho, situada no município de Cuiabá e do CAPS AD III Mirian Makeba, no Rio de Janeiro. Partindo da demanda a nós dirigida por parte de usuários internados, incluímos tal demanda no debate da clínica, intitulada pelos psicanalistas, de clínica da toxicomania, bem como no debate sobre as políticas públicas sobre drogas, na medida em que pode-se localizar uma premissa tácita de que aquele que faz abuso de substância psicoativa não tem demanda de tratar-se. No atual contexto de desmonte do Estado quanto às políticas de proteção e saúde pública, a clínica destinada a responder a esta demanda encontra-se dominada por grupos privados de cunho religioso. Nossa hipótese para a adesão ao tratamento oferecido pelas Comunidades Terapêuticas, assim como para os outros fenômenos encontrados nesta clínica, é a de que, além do desinvestimento dos gestores na Reforma Psiquiátrica e do interesse mercadológico, ao funcionamento neurótico prevalece o empuxo à identificação, formação de grupo, o que gera, consequentemente, segregação e violência. Seguindo as indicações de Sigmund Freud e Jacques Lacan, as questões repetidamente trazidas pelo sujeito do inconsciente como produtor de saber conduziram-nos ao funcionamento do supereu como mandante de um gozo de autoflagelação e fracasso, no qual a droga pode ou não ser incluída. Nossa aposta no desejo em fazer operar o Discurso do Analista é de que, além de provocar o giro nos demais discursos, o sujeito poderá produzir novos estilos de S1, como forma de intervenção na repetição à qual encontra-se submetido e inclusão do gozo na consideração clínico-política. Percorremos os conceitos de passagem ao ato e acting out, além de trazer fragmentos desta clínica, na tentativa de causar reflexões àqueles que dela fazem parte |