Impacto do monitoramento telefônico na avaliação do conhecimento e autocuidado de pacientes com insuficiência cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Josiana Araujo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11397
Resumo: Introdução: O seguimento clínico multidisciplinar dos pacientes com IC crônica melhora o autocuidado, o conhecimento sobre a doença, bem como efeitos benéficos na adesão ao tratamento, redução no número de hospitalização e custos hospitalares, cabendo ao enfermeiro, um papel crucial na educação em saúde ao paciente/família e a monitorização contínua destas ações. Objetivos: Analisar o autocuidado e o conhecimento sobre a IC no monitoramento ambulatorial convencional comparado com a mesma estratégia associada a uma abordagem telefônica pela enfermagem; Comparar os escores do conhecimento sobre a IC e o autocuidado na IC; Analisar a associação das variáveis de conhecimento com o autocuidado na IC. Método: Ensaio Clínico Randomizado. A amostra foi composta por 36 participantes alocados no Grupo Controle (GC) ou no Grupo Intervenção (GI). Ambos os grupos foram monitorados na clínica de IC/HUPE durante 4 meses (tempos: 0, 2, 4 meses), realizando o tratamento convencional. No entanto, o tratamento no GI foi associado ao monitoramento telefônico, totalizando entre 7 a 10 ligações durante todo período. Para avaliar os desfechos propostos, dois enfermeiros participaram da coleta de dados, utilizando questionários adaptados e validados para uso no Brasil, de conhecimento (Questionário de Conhecimento sobre a IC) e autocuidado (Questionário EHFScBS), obtendo seus escores totais para análise dos dados. Resultados: No GI 19 participantes completaram o estudo, enquanto no GC, 17. Foi evidenciado, na caracterização da amostra, em ambos os grupos, NYHA (I, II e III) e FEVE (≤50%). Comparando o GI vs. GC: idade 60,5±12,3 vs. 60±10,9; sexo masculino 52,6% vs. 47,4%. Não houve diferença significativa nas características da amostra (sociodemográfico, hemodinâmico cardiovascular e antropométrico) (P>0,05); houve diferença significativa no conhecimento (12,7±1,7 vs. 10,8±2,2; P=0,009) e autocuidado (25,4±6,6 vs. 29,5±4,8; P=0,04) no 4º mês. Além disso, observamos uma correlação negativa significativa entre conhecimento e autocuidado na IC no GI no 2º mês (r=-0,48; P=0,03) e uma tendência similar no 4º mês (r=-0,37; P=0,11), este não sendo observado no GC. Conclusão: A educação em saúde na clínica de IC/HUPE através da abordagem telefônica, realizada pelo enfermeiro, é uma estratégia eficaz: (a) para o conhecimento e autocuidado dos pacientes com IC crônica evidenciada pela diferença significativa no conhecimento e autocuidado no 4º mês de monitoramento; (b) pela correlação negativa significativa entre conhecimento e autocuidado no GI no 2º mês com tendência similar no 4º mês.