O Nacional-Desenvolvimentismo e o Novo-Desenvolvimentismo no Brasil: expansão interna, externa e o discurso social-democrata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pinho, Carlos Eduardo Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12533
Resumo: Nesta dissertação especula-se sobre a existência de um novo-desenvolvimentismo no Brasil, no início do século XXI, - a partir de sua comparação com o nacional-desenvolvimentismo, vigente entre 1930-1980, que é contextualizado à luz das teorias de Celso Furtado e Maria da Conceição Tavares, - passando pela crise do Estado de bem-estar na década de 1970 e pelas reformas direcionadas para o mercado nos anos 1990. O presente estudo parte da hipótese de que a eleição de Lula da Silva em 2003, ao retomar a função planejamento estatal e fazer do Estado o instrumento de ação coletiva da nação instituiu o que pode ser denominado um Novo-Desenvolvimentismo. Isso viabilizou a constituição de um círculo virtuoso ancorado na expansão para dentro mercado interno/inclusão social e para fora sobretudo por meio da inserção externa soberana que projeta internacionalmente o capitalismo brasileiro, pautando-se, cada vez mais, numa diplomacia conduzida pelo Presidente -, embora apresentando uma continuidade de trajetória com o nacional-desenvolvimentismo em termos de um Executivo forte, interventor e regulador da economia. Para tanto, a partir de dados empíricos enfocar-se-á o modo como o novo-desenvolvimentismo se diferencia do modelo precedente tendo em vista dois paradigmas: (1) a institucionalização de uma nova conformação nas relações Estado/sociedade; e (2) a contestação dos quadros de referência das elites tradicionais mediante a concepção, formulação e execução de políticas públicas orientadas para a ampliação do emprego formal, para a constituição de um mercado interno robusto e para a redução das desigualdades sociais estruturais consubstanciadas na concentração social da renda. Ademais, contemplar-se-á (1) a emergência da social-democracia e dos governos de esquerda na América Latina que aspiram fazer reformas sociais pela via eleitoral, bem como a sua relação com o pragmatismo e a defesa de uma nova agenda de desenvolvimento no cenário pós-neoliberal; (2) o questionamento acerca do fato de que os governos de esquerda favorecem a democracia e investem mais em políticas sociais do que os governos à direita do espectro ideológico e, (3) a possível experiência social-democrata do PT, o lulismo enquanto fenômeno social e sua vinculação ao novo-desenvolvimentismo.