A economia política no governo Lula (2003-2010): uma nova forma de desenvolvimentismo?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vaz, Vinicius Rezende Carretoni [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151609
Resumo: A partir de meados dos anos 2000, diversos setores da sociedade brasileira, desde trabalhadores a intelectuais do campo político e econômico se viram esperançosos com a ascensão à presidência por parte de Lula. Não obstante, apesar da manutenção da política macroeconômica no início de seu mandato, o governo petista é marcado por duas características à primeira vista positivas: o crescimento econômico e o avanço de políticas sociais de combate à pobreza que transformaram grande parte da realidade da ―sobrepopulação superempobrecida‖ do Brasil. Este segundo fenômeno deu margem para um grupo de intelectuais formularem a tese de que o Brasil estaria em um processo de ascensão ao ―desenvolvimentismo social‖, ou em um regime social-desenvolvimentista. Por outro lado, os governos petistas muito pouco se assemelhavam ao desenvolvimentismo clássico, tanto em estratégia quanto em resultados. Diante destas contradições faz-se necessária uma análise das diversas interpretações acerca do governo Lula, bem como da transição do regime desenvolvimentista para o neoliberal e seu significado. Inicialmente será feita uma contextualização do que foi o desenvolvimentismo clássico, sua crise e substituição pelo regime neoliberal. Posteriormente, exporemos as diversas interpretações acerca do governo Lula, iniciando pela tese ―social-desenvolvimentista‖, subsequente será apresentada a crítica dentro do próprio campo desenvolvimentista, com a corrente ―novo-desenvolvimentista‖ e por fim, algumas apreciações dentro do campo marxista, que negam a tese da ruptura desenvolvimentista no governo Lula.