Ser mãe ouvinte de filho surdo: a construção de identidade na narrativa de mães de crianças surdas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Batista, Melissa França de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6630
Resumo: O presente trabalho analisa as identidades discursivas nas narrativas de mães ouvintes de crianças surdas em situação de Orientação Terapêutica em Grupo. Fundamenta-se nos pressupostos da Lingüística Sóciointeracional, da Psicologia Social, da Antropologia, da Gramática Sistêmico Funcional e da Fonoaudiologia, utilizando, como categoria de análise, os processos do sistema de transitividade proposto por Halliday e as categorias de enquadre e alinhamento propostas por Batenson e Goffman, respectivamente. A análise das interações, considerando as identidades como sócio e discursivamente construídas, buscou investigar em que tipos de processos do sistema de transitividade cada um dos participantes principais e relatados estavam envolvidos, sob um prisma qualitativo-interpretativista. Segundo essa análise, as mães constroem-se discursivamente como pró-ativas, cuidadoras, atuantes e falantes por e para os filhos surdos, que pelo estigma da surdez, muitas vezes não são identificados como sujeitos falantes e idôneos. Se tais resultados forem examinados por profissionais de educação e saúde envolvidos com a prestação de serviços aos surdos e aos seus familiares, talvez possam articular formas de intervenção e orientação que ofereçam maiores oportunidades de desenvolvimento para os surdos, assim como para os processos interacionais junto aos familiares.