Evolução metamórfica da formação ferrífera São João Marcos, Estado do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23227 |
Resumo: | A Formação Ferrífera São João Marcos (FFSJM) foi incialmente estudada entre Rio Claro e Mangaratiba-RJ, tendo sido encontradas ocorrências a SW, até região entre Angra dos Reis e Parati, e a NE, até a região de Cacaria/Monumento, nos trabalhos de campo da presente tese, seguindo o trend NE-SW. Pelo menos dois eventos deformacionais afetaram as rochas estudadas, Dn e Dn+1, aos quais associam-se pelo menos quatro momentos ou etapas metamórficas: a mais antiga (E1) marca o alcance de condições de fácies granulito, seguida pelo desenvolvimento de uma segunda assembleia (E2), retrometamórfica (principal), de fácies granulito a anfibolito, cujo resfriamento nas fases finais ocorreu sob pressão relativamente constante (trajetória IBC), conforme evidências texturais. A terceira etapa (E3), possivelmente ligada ao colapso orogênico, é marcada por texturas que indicam descompressão isotérmica (trajetória ITD). Uma quarta etapa (pós-Dn ou sin-Dn+1) (E4) é marcada por aumento no grau metamórfico, possivelmente ligada a uma nova colisão. Para termometria da fase E1, utilizou-se a composição do clinopiroxênio, sendo calculado uma média de 792.22° C, porém não se encontrou um termobarômetro para ser aplicado. Para os momentos iniciais de E2 calculou-se uma média de 801.55°C e 5.59 Kbar, estando muito próxima de E1. Para os momentos finais de E2, calculou-se 566.77°C e 4.16 Kbar. Não se encontraram termobarômetros adequados para as etapas E3 e E4. Quanto à geocronologia, as rochas metamáficas-ultramáficas apresentam herança paleoproterozóica-arqueana, subordinadamente neoproterozoica, cristalização em 641,5±2.9Ma e 3 conjuntos de idades metamórficas, entre 622-613Ma, em 599-598 Ma e 587-586Ma. Já as rochas metassedimentares associadas à FFSJM apresentam grãos detríticos desde o Arqueano até Neoproterozoico, com idade máxima de deposição em 686Ma e 3 conjuntos de idades metamórficas, entre 647-640Ma, 609-605Ma e em 599Ma. A etapa E1 estaria associada ao metamorfismo entre 647-640Ma contemporâneo a cristalização das rochas máfica/ultramáfica, enquanto as etapas E2 e E3 estariam associadas a eventos metamórficos entre 622-598Ma. Estes eventos metamórficos estariam relacionados a evolução do extremo sul do Orógeno Brasília, a estágios pré-colisionais a tardi-colisionais. Por fim a etapa E4 estaria associada ao metamorfismo mais novo em 586Ma, vinculado a estágio colisional associado a evolução do Orógeno Ribeira. |