Criação: instinto de morte e futuro
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19193 |
Resumo: | Esta dissertação parte da premissa de que todo ato criativo é, no seu limite, a constituição de blocos espaços-tempos, afirmação explanada por Gilles Deleuze no texto “O ato de criação?” de 1987. Diante desse ponto de ancoragem filosófica, remontamos à produção deleuziana sobre a relação do tempo com a criação, marco iniciado pelas sínteses da repetição, especificamente, sobre a relação do novo com o futuro (terceira síntese do tempo). O objetivo da dissertação é afirmar que toda criação do novo é um elemento temporal, associado ao futuro e à morte (Tânatos), junto à vida. Com relação à criação do novo perante o futuro, tocamos na relação de um novo princípio transcendental, Tânatos (a morte), como anulação da forma do ego (EU) e explicação da diferença, na extensão. Para o desenvolvimento do trabalho, utilizamos interlocutores do campo da psicanálise (Sigmund Freud e Jacques Lacan), tal como da filosofia (David Hume, Henri Bergson, Pierre Klossowski e Friedrich Nietzsche), na proposta do tempo, ilustrado pela figura de círculos até o descentramento do mesmo, vislumbrado no futuro. Primeiramente, apresentaremos a conceitualização dos campos (ciência, arte e filosofia) na relação com o tempo presente em “O que é a filosofia?”, de Gilles Deleuze. Posteriormente, apresentamos os três pilares presentes na constituição de Deleuze sobre o tempo: a fundação (o presente), o fundamento (o passado) e a insuficiência do futuro. No segundo momento, associaremos os dois princípios do psiquismo inconsciente que operaram no ser humano, o prazer e a morte, presentes na produção da psicanálise freudiana, ao sadismo e ao masoquismo. Por fim, no momento de conclusão da dissertação, apresentaremos, na relação da terceira síntese do tempo, o futuro como o mecanismo do eterno retorno nietzschiano - instante da eliminação do idêntico na produção do novo, e a morte como a demonstração da diferença no regime do espaço. |