Entre a defesa da soberania e os direitos humanos: o Estado westphaliano frente à atuação da ONG Sea-Watch
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19118 |
Resumo: | A dissertação destaca a atuação da organização não-governamental (ONG) Sea-Watch como estudo de caso, com o objetivo de discutir os limites da soberania estatal frente aos problemas trazidos pelos fluxos de migrantes que hoje buscam a União Europeia. A Sea-Watch atua desde 2015, realizando operações de resgate e prestação de socorro médico para migrantes no Mar Mediterrâneo. Foi criada na Alemanha e chamou a atenção da mídia internacional quando, em 2019, atracou um navio na costa italiana e contrariou as ordens vindas do então Ministro do Interior Matteo Salvini. Carola Rackete, a capitã da embarcação, alegou que as condições no navio estavam insustentáveis e que agiu desta forma para salvar vidas. Rackete foi presa pelo desacato mas, liberada por uma juíza italiana alguns dias depois. A ONG tem produzido relatórios sobre as vidas perdidas e exercido um papel conscientizador a respeito do que ocorre no Mediterrâneo, espaço visto pela organização como “uma das fronteiras mais mortais do mundo”. Nos relatórios produzidos, a ONG alemã também demanda uma posição mais assertiva do bloco europeu quanto ao acolhimento de refugiados, isto é, de migrantes que se deslocam forçosamente. Por essas razões, a Sea-Watch tem centralidade neste trabalho, que aponta para a flexibilização do poder do Estado segundo os parâmetros da soberania westphaliana proposto por Stephen Krasner (1999). |