Educação e Movimento Social: Contribuições de um pré-vestibular com o recorte de gênero e sexualidade na vida dos egressos trans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fournier, Ana Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16746
Resumo: Esta pesquisa dedicou-se a analisar as contribuições de um pré-vestibular com recorte de gênero e sexualidade e/ou vulnerabilidade social a partir do diálogo com os egressos do preparatório do ano de 2018 que, atualmente, cursam ensino superior em universidades públicas. Os percursos escolhidos para o diálogo foram as entrevistas semi-estruturadas feitas pessoalmente em locais previamente marcados com os seis entrevistados, os quais forneceram todas as informações relevantes que estabeleceram os desdobramentos desta pesquisa. Tais informações agregaram valor às perspectivas de autores como Nascimento (2008) e Carvalho (2005), que aprofundam as questões sobre os cursos pré-vestibulares que trabalham com os temas do racismo, do preconceito e da discriminação racial; como Gohn (2016) e Trilha (2008) que abordam o entendimento da relação do movimento social com a educação que acentua diferentes aprendizagens aos envolvidos nos processos, além da reflexão sobre educação formal e educação não formal como categorias que se intrometem mutuamente; e como Louro (2012) e Bento (2018) na compreensão dos padrões normalizadores impostos na sociedade, mas que, ao mesmo tempo, fornecem a pauta para transgressões. Através das entrevistas, foi possível investigar as relações dos egressos com a educação formal e como subverteram as regras para suas vivências nas escolas, e elaborar uma das estratégias possíveis para pensarmos em uma escola que possa abarcar todas as pessoas juntamente com suas diferenças. As contribuições da pesquisa consistem em refletir sobre a/as maneira/as que a ação educativa com o recorte de gênero e sexualidade atuou e potencializou os projetos de vida destes estudantes além de identificar as dificuldades para expressarem suas representações de gênero e suas sexualidades nas instituições de ensino, muitas vezes beirando à marginalização e ao silenciamento de suas identidades. Ademais, destacaram-se os processos de violência vividos e as subversões realizadas. Considera-se que a educação proposta pelo preparatório para o vestibular com foco na pessoa trans potencializou positivamente suas vidas, antes mesmo da entrada na universidade, com uma consciência política desenvolvida juntamente com a militância individual e/ou coletiva, chamando atenção para a metodologia vivenciada no espaço que se desenvolve através da valorização do sujeito trans e da rede de apoio conquistada pela coletividade.