Violência física entre parceiros íntimos e práticas alimentares de lactentes
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7231 |
Resumo: | Esta tese envolve dois estudos correlatos. O primeiro trabalho visa dar suporte teórico ao estudo principal, uma revisão sistemática da literatura sobre a violência entre parceiros íntimos (VPI) e as práticas alimentares de crianças. O segundo artigo tem como objetivo examinar a associação da violência física entre parceiros íntimos (VFPI) e a alimentação complementar mínima (ACM) de crianças em aleitamento materno (LM) e de crianças em aleitamento artificial (LA). A revisão sistemática de estudos observacionais foi realizada nas bases de dados LILACS, MEDLINE, SCOPUS, PsicoINFO e Science Direct. Os critérios de inclusão foram estudos originais do tipo observacional os quais investigaram as formas de VPI emocional, física e/ou sexual e as práticas alimentares de crianças menores de dois anos. A suscetibilidade a vieses dos estudos foi avaliada por itens individuais a partir de formulário designadamente desenvolvido. Foram incluídos 10 artigos, sendo oito estudos do tipo transversal, um caso-controle e um de coorte. Quase a totalidade dos estudos investigou o aleitamento materno. A VPI esteve relacionada às práticas alimentares inadequadas na infância na maioria dos estudos encontrados. Para alcance do segundo foi realizado um estudo transversal com mulheres e crianças no primeiro ano de vida, que compareceram a quatro unidades de saúde do município do Rio de Janeiro, entre junho de 2005 e julho de 2008. Informações referentes à VFPI foram obtidas por meio da versão em português do instrumento CTS-1 (Conflict Tatics Scales Form R). A oferta de alimentação complementar foi obtida a partir do instrumento com perguntas fechadas para as últimas 24 horas aplicados entre o décimo segundo mês e o décimo quinto mês de vida das crianças. Os resultados do estudo mostram que a oferta da ACM entre crianças em aleitamento materno foi de apenas 11 % e da ACM entre crianças que só recebem leite artificial foi de 41 %. As violências de forma física, menos grave e grave foram observadas em 26,7 %, 25,8 % e 11,1 % dos casais, respectivamente. A VFPI foi associada significativamente nas análises ajustadas a não ofertar a ACM entre crianças que recebem o leite materno e a ofertar ACM entre crianças que recebem leite artificial. Em lares onde os casais se agridem fisicamente há uma maior chance de não ofertar leite materno, de ofertar leite artificial e fazer uso de mamadeiras comparado aos lares onde não foi relatada violência. A violência física entre os casais está associada às práticas alimentares de aleitamento materno e alimentação complementar. Um olhar mais atento dos profissionais de saúde aos aspectos relacionados a esses fenômenos poderá auxiliar a família e nas decisões da vítima de violência, de como lidar com a situação de conflito, sua autonomia e sua relação com as práticas alimentares da família |