Efeitos agudos do exercício físico realizado com diferentes níveis de restrição do fluxo sanguíneo sobre a reatividade vascular de jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cardozo, Gustavo Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19567
Resumo: O treinamento resistido de baixa intensidade realizado com restrição do fluxo sanguíneo (RFS) promove adaptações musculares favoráveis em jovens e idosos. No entanto, seus efeitos na função vascular ainda são pouco conhecidos. Objetivo: Elucidar os efeitos agudos promovidos pelo exercício físico com RFS sobre a função vascular. Métodos: A tese encontra-se estruturada em cinco capítulos, como segue: a) capítulo 1 - Introdução b) capítulo 2– revisão sistemática de literatura, com buscas específicas nas bases Pubmed, Web of Science, Scopus e Cochrane Library, para compreender o estado da arte com as perguntas: “Quais os efeitos agudos promovidos pela RFS sobre a função endotelial em situação de exercício ou sem exercício?” e “Quais os efeitos de diferentes níveis de RFS sobre a função endotelial?”; As evidências disponíveis sugerem que o aumento do estresse de cisalhamento relacionado ao exercício leva a uma maior liberação de NO e maior FMD. A adição de RFS parece atenuar essa resposta. Uma relação dose-resposta entre o fluxo sanguíneo retrógrado provocado pelo RFS e a redução da função endotelial parece ocorrer em indivíduos jovens saudáveis e recreativamente ativos, mas não em indivíduos mais idosos. c) capítulo 3 – desenho do protocolo original; d) capítulo 4 – O estudo original em que foram avaliados 12 jovens do sexo masculino, com idade de 18 a 25 anos, eutróficos e sedentários, randomizados para realizar três protocolos experimentais: i) restrição do fluxo sanguíneo (ExRFS) – exercício de handgrip com intensidade de 30% da contração voluntária máxima (CVM) combinado com baixo nível de RFS realizado através de manguito de pressão inflado ao valor de 80% da pressão arterial oclusiva (PAO) de repouso; ii) pressão arterial oclusiva (ExPAO) – exercício de handgrip com intensidade de 30% da CVM combinado com oclusão vascular realizada através de manguito de pressão inflado ao valor de 120% da PAO de repouso; iii) controle (ExCON) – exercício de handgrip com intensidade de 30% da CVM realizado em condição de fluxo livre, ou seja, o manguito de pressão colocado no terço proximal do membro superior mas não foi inflado. Em todas as condições, o exercício foi realizado na cadência de 30 contrações/min até a fadiga voluntária. A reatividade vascular foi avaliada por pletismografia de oclusão venosa (vasodilatação endotélio dependente e independente). O fluxo sanguíneo de antebraço (FSA), após a hiperemia reativa, aumentou de forma significativa nos três modelos experimentais imediatamente após ao exercício, quando comparado às suas condições basais pré-exercício (p<0,05). Quando comparado às suas condições de hiperemia pré-exercício, os protocolos ExRFS e ExCON não apresentam diferenças significativas imediatamente após ao exercício (p>0,05), mas houve uma diminuição no valor do FSA na hiperemia reativa na condição ExPAO imediatamente após o exercício quando comparada a situação de hiperemia reativa pré-exercício (-23,7%; p<0,05). O FSA após a hiperemia reativa não apresentou variação significativa nos três modelos experimentais 30 minutos após ao exercício, quando comparado às suas condições de hiperemia reativa pré-exercício (p<0,05). O incremento percentual da hiperemia/basal apresentou reduções em todos os experimentos na situação imediatamente após o exercício, quando comparado ao pré-exercício (ExRFS = -71,61%; ExCON = -64,6% e ExPAO = - 77,5% p<0,05). e) capítulo 5 – Considerações finais. Conclusão: Através dos resultados obtidos no estudo original da tese, concluiu-se que uma única sessão de exercício de preensão manual provocou um aumento agudo no FSA imediatamente após o exercício nos diferentes protocolos, tendendo a uma redução do FSA na hiperemia reativa imediatamente após o exercício no grupo ExPAO, porém retornando aos valores basais 30 min após ao término do exercício.