Apoptose e prejuízo na capacidade de reparo endotelial induzidos por fluxo sanguíneo retrógrado na hipertensão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rocha, Helena Naly Miguens
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3787
Resumo: Mecanismos de ativação e reparo endoteliais em resposta ao fluxo sanguíneo retrógrado (FSR) exacerbado ainda não foram completamente elucidados, nem em condições fisiológicas, nem na hipertensão arterial sistêmica (HAS). O objetivo deste estudo foi determinar os efeitos do FSR exacerbado sobre biomarcadores endoteliaisem indivíduos saudáveis e com HAS. Oito homens saudáveis (grupo CT; 36±3) e oito pacientes com HAS(grupo HAS;39±5) foram submetidos a manobra de indução de FSR em um dos braços, através da insuflação de dois manguitos, um no antebraço a 75mmHg e outro manguito próximo ao ombro a 40 mmHg, por 30 minutos. A avaliação do fluxo sanguíneo (ultrassom vascular) e a coleta de sangue foram realizadas no momento basal e no 30º minuto de manobra em ambos os braços (contralateral e ipsilateral). Ativação endotelial, micropartículas endoteliais (MPE) e células progenitoras endoteliais (CPE) foram mensuradas por citometria de fluxo. Nitrito foi mensurado por NOA Sievers. Em condições basais, fluxo sanguíneo médio, condutância vascular, taxa de cisalhamento média (p<0,01) e MPE (p=0,03) foram maiores no grupo HAS quando comparado ao grupo CT. Níveis basais de CPE estavam reduzidos no grupo HAS, permanecendo assim durante a manobra (p<0,01). Ambos os grupos apresentaram redução no fluxo sanguíneo médio e na condutância vascular (p≤0,01), bem como aumento na taxa de cisalhamento retrógrado (p<0,01) e no índice de cisalhamento oscilatório (p<0,01) durante a manobra. Somente o grupo HAS aumentou o número de MPE (p=0,02) e a ativação endotelial (p=0,04) durante a manobra. A razão MPE/CPE foi maior em ambos os momentos no grupo HAS (p<0,02). A resposta dos níveis séricos de nitrito a manobra foi menor no grupo HAS (p=0,03). Conclui-se que pacientes com HAS apresentam um quadro subclínico de disfunção endotelial com comprometimento no reparo vascular, o que foi agravado pela indução de FSR