Produção cultural do currículo e a Sala de Aula Revoluti: entre tensões e negociações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rosário, Roberta Sales Lacê
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10213
Resumo: O presente trabalho se propôs investigar a produção cultural do currículo incitada pela entrada da tecnologia na escola, especificamente, nas salas de aula. Para tanto, tomou-se o Projeto da Sala de Aula Revoluti como objeto de estudo. Esse projeto apresenta uma infraestrutura de sala de aula com o uso dos computadores, propondo outras possibilidades de organização e de desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem. A pesquisa constitui-se de um estudo de caso a partir da instalação da sala Revoluti e seu uso por turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira CAp/UERJ. Consideramos a apropriação e relação com a tecnologia disponibilizada na/pela sala de aula Revoluti, assim como a tecnologia de que os sujeitos fazem uso de forma individual e coletiva, como linguagem que modifica as relações intersubjetivas, constituindo os sujeitos na relação com o outro (BAKHTIN, 1998). Nessa relação, entendemos que os sujeitos enunciam culturalmente sentidos para a produção do currículo, tendo em vista uma produção de identidades que se constituem em cadeias de subjetividade, em meio a relações ambivalentes de poder (MACEDO, 2006), de forma que compreendemos ser uma produção contínua, fluida e que se constitui nas fissuras, sob o espectro da diferença (BHABHA, 2010). Tal produção cultural se revela na prática política dos sujeitos, em que assumimos que a política é inerente a uma prática cotidiana dos sujeitos (MOUFFE, 2005; BURITY, 2010) que, ao negociar sentidos na prática, numa cadeia discursiva (BARREIROS; FRANGELLA, 2010; LOPES; MACEDO, 2011), produzem sentidos para a produção política do currículo. A pesquisa desenvolveu-se a partir da observação das turmas dos anos iniciais do CAp/UERJ em suas práticas dentro/fora das salas de aula convencional e Revoluti , como possibilidade de dar um excedente de visão (BAKHTIN, 1998). Recorreu-se também a gravações em áudio, fotografias e imagens capturadas no decorrer das observações. Em nossas análises, problematizamos a política curricular que se constitui nos anos iniciais da instituição, considerando os diferentes contextos que produzem sentidos, mas principalmente a política curricular que se desenvolve no contexto da prática, como contexto legítimo de produção da política curricular (BALL, apud LOPES; MACEDO, 2011), considerando tanto os estudantes quanto suas professoras como produtores de currículo.