A emancipação na política curricular do Ensino Fundamental de Mato Grosso.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferreira, Eucaris Joelma Rodrigues
Orientador(a): Vieira, Jarbas Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7664
Resumo: Esta tese problematiza as limitações e possibilidades para a compreensão da política curricular como um espaço de emancipações. Para tal, apresenta resultados de pesquisa acerca da noção de emancipação na política curricular do ensino fundamental do estado de Mato Grosso, entre 2003 e 2013. Ao focalizar a produção de sentidos para emancipação, toma como base a perspectiva pós-estruturalista para discutir as relações entre discursos curriculares na referida política. As contribuições da Teoria do Discurso (LACLAU; MOUFFE, 1985) e Teoria de Currículo (OLIVEIRA; DESTRO, 2005; SILVA, 2010, 2015; GARCIA, 2010; LOPES; MACEDO, 2011; HYPOLITO; VIEIRA; LEITE, 2012) sustentam as releituras sobre a emancipação no campo curricular, bem como a delimitação do problema em relação à possibilidade do trabalho com a noção de emancipações. A pesquisa apresenta, ainda, a compreensão da política curricular como campo da discursividade e centraliza teórico-metodologicamente a política, por meio de documentos. Argumento que, em torno da produção de sentidos para emancipação, existe a impossibilidade de uma sutura final. Tal posicionamento ressalta o caráter antagônico que tende a constituir as relações discursivas entre os currículos organizados por ciclos. Esse caráter antagônico se configura em condição de possibilidade ou não de produções identitárias na política curricular matogrossense. Esta pesquisa não se propõe a uma tentativa de substituição de emancipação por emancipações, mas defende que a palavra emancipações pode ser entendida a partir do contexto da política curricular, das lutas e disputas em torno de significação que promove rupturas momentâneas, mudanças na condição identitária de um ou mais grupos sociais. Assim, o termo emancipações se configura em pluralidade de poderes que podem ou não ocupar provisoriamente a centralidade de um discurso ou de um campo da discursidade.