Onde quase tudo é permitido: mídia e desobediências decoloniais nas Paradas do Orgulho LGBTI+
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19973 |
Resumo: | Esta pesquisa é uma opção decolonial sobre as Paradas do Orgulho LGBTI+. Sendo assim, procuro promover outra interpretação a respeito das manifestações, desta vez fundamentada numa abordagem afro-brasileira. Ao longo dos anos, o sentido produzido pela mídia, relativo às mobilizações, não contemplou esta perspectiva e centralizou as ações como uma festa despolitizada e baseada no consumo. Em confrontação a este domínio do conhecimento, proponho a desobediência epistêmica como caminho para descentralizar os saberes eurocêntricos de modo a dialogar com as sabedorias pluriversais, adotadas como referência central, a meu ver, qualificada a interpretar os enredamentos históricos dos povos colonizados. Ao compreender a diáspora africana como experiência de morte e despedaçamento, a pesquisa reconstitui esta noção para ideia de reinvenção da vida através dos corpos encantados que por aqui baixaram, praticaram e praticam o cruzo, seja nas esquinas, nas ruas, nas encruzilhadas, cruzando, assim, a razão colonial, possibilitando, portanto, a ampliação do debate decolonial no campo da Comunicação. A exploração busca, nas formulações de Aníbal Quijano, Walter Mignolo, Ramón Grosfoguel e Luiz Antonio Simas, as concepções para enfrentar a trama da colonialidade sobre o processo histórico da colonização e suas interferências no mundo colonizado, especialmente no terreno do conhecimento. Como resultado desta proposição, que assume a desobediência como interpretação das mobilizações de rua, as Paradas são fundamentalmente herdeiras das tradições afro-brasileiras ao promover, estrategicamente, as mobilizações como Gurufim, atuando como drible sobre a morte e resistência epistêmica. |