Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Borges, Camila Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-19112024-153647/
|
Resumo: |
Esta pesquisa cartográfica buscou mapear e identificar, a partir das políticas nacionais de educação especial, as terminologias que caracterizam e designam as pessoas com deficiência enquanto grupo social e suas implicações para a (não) participação política enquanto sujeitos históricos, políticos e de direito. Em um segundo momento, buscou identificar, através de revisão da literatura e de documentos nacionais de educação especial, concepções de lingua(gem) e comunicação (alternativa), as proposições e intervenções que (não) viabilizam a participação e inclusão de pessoas que não falam em contextos que se propõem inclusivos, buscando compreender as referências e abordagens ontoepistemológicas. Há então o reconhecimento que são fundamentadas em perspectivas assistencialistas e religiosas eurocêntricas que têm para si um ideal de humano, estabelecem padrões e hierarquizações que tornam a (não) existência destas pessoas inferiores, ou ainda, em uma perspectiva reabilitadora fundamentada em conhecimentos científicos e biomédicos que tratam estas pessoas a partir da falta, uma vez que não correspondem a um ideal de funcionalidade e de sistema linguístico, e que portanto, podem não ser úteis a uma organização social capitalista que preza pela produtividade e colonialista que preza pela unidade. Por fim, através da linguística aleijada e da decolonialidade interrogamos perspectivas monoculturais, monolíngues e outras que prezam pela unidade em um movimento prescritivo e assimilacionista, revelando e propondo a interculturalidade como uma mistura que não dilui modos de ser estar no mundo, onde a gramática e a fluência se expandem com a crioulização e a confluência, reivindicando a opacidade, o direito de não precisar ser aceito e nem compreendido para ser e existir. |