Análise da variação na composição das comunidades marinhas dos costões rochosos da Baía da Ilha Grande e investigação dos potenciais agentes promotores da biodiversidade
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4954 |
Resumo: | O que faz comunidades ecológicas serem diferentes dentro de uma metacomunidade? Compreender os mecanismos causadores da variação da biodiversidade persiste como desafio. Além disso, os estudos de sistemas marinhos em geral são tradicionalmente defasados em relação aos sistemas terrestres, mais acessíveis e investigados há mais tempo. A questão dos agentes promotores da variação entre comunidades locais, incialmente denominada diversidade beta (β), foi historicamente atrelada à da teoria de nicho. Nela, as comunidades eram associações de espécies determinadas por condições ambientais dos habitats e interações bióticas. Este conjunto de condições definiriam assim quais espécies seriam capazes de ocupar quais regiões e em qual extensão, de forma a minimizar sobreposições entre os nichos das espécies de uma mesma região. Posteriormente, tanto a influência de outros processos locais não ligados ao nicho, como a extinção local aleatória, como de fatores alheios à comunidade local e ligados à escala regional, por exemplo a imigração, foram também incorporados à explicação da estruturação das comunidades. Buscou-se compreender melhor a biodiversidade marinha dos costões rochosos da Baía da Ilha Grande (BIG), bem como investigar a ação de processos, ligados ou não ao nicho das espécies, para explicar os mecanismos que levam à diversidade beta entre locais estudados. A presença/ausência de 773 espécies em seis grupos taxonômicos: macroalgas bentônicas (110 espécies), Cnidaria (26), Echinodermata (27), Crustacea (61), Mollusca (374) e peixes recifais (175) coletados na BIG anteriormente foi utilizada para responder tais questões. Primeiramente, demonstrou-se que as comunidades marinhas da BIG apresentam alta taxa de variação entre os locais e que tal variação observada é marcada principalmente pela substituição de espécies em um gradiente espacial. Padrões de substituição de espécies podem estar ligados à ação de gradientes ambientais ou processos estocásticos. Por isso, a ação das mudanças nas condições ambientais sobre as variações na composição das comunidades foi investigada através da utilização de regressões logísticas. Ficou demonstrado que as variações nas comunidades de organismos bentônicos de substrato consolidado e peixes recifais eram parcialmente estruturadas pela profundidade e que tais comunidades eram divididas em um gradiente Leste-Oeste. Enquanto isso, a variações em organismos de substrato não consolidado não respondiam a qualquer variável explanatória disponível. Para todos os grupos, no entanto, a maior parte da variação não pode ser explicada. Na sequência, com o auxílio dos métodos de randomização de matrizes, foi possível constatar que a competição não é um dos fatores determinantes na composição das comunidades, embora esteja presente em casos específicos. Na maioria das vezes os locais amostrados não diferiram do esperado ao acaso quanto ao número de espécies compartilhadas, o que significa que tais locais não são mais distintos do que o esperado ao acaso. Em suma, foi possível constatar que a maior parte da variação das comunidadesmarinhas da BIG parece variar de maneira estocástica. Uma alternativa ao uso das análises canônicas em estudos de comunidade foi testada e demonstrou melhor desempenho. Palavras-chave: Ecologia de Comunidades. Modelos nulos e determinísticos. Baía da Ilha Grande |