A Psicanálise e o Cuidado de Si: questões preliminares a toda aproximação possível
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14706 |
Resumo: | O presente trabalho visa investigar a relação da psicanálise com o cuidado de si. Por cuidado de si , entende-se o modo como o filósofo francês Michel Foucault cingiu a existência de uma outra relação do sujeito com a verdade, que seria completamente diferente da relação moderna, e que teria sido preponderante durante toda a antiguidade greco-romana. Em um dos seus últimos cursos no Collège de France, intitulado A Hermenêutica do Sujeito, Foucault propõe uma aproximação direta da psicanálise com essa tradição antiga, ao afirmar que Lacan retoma as exigências que nela se colocavam como centrais: o modo como a verdade é capaz de modificar o sujeito, e o preço que o sujeito precisa pagar para ter acesso à verdade. De fato, sabe-se que Lacan não cessou de falar no sujeito e na verdade ao longo de todo seu ensino. Contudo, embora pareça que Foucault apenas subscreva o que Lacan não cessava de dizer, faz-se necessário uma investigação mais apurada de sua proposta. Logo de saída, duas elaborações de Lacan aparecem como problemas, ao antagonizarem diretamente com a possível aproximação da psicanálise com o cuidado de si. A primeira pode ser encontrada na afirmação categórica por meio da qual o psicanalista francês vincula o sujeito da psicanálise com o sujeito fundado pela ciência moderna. A segunda pode ser encontrada na crítica que ele realizou da ética aristotélica, usando-a para diferenciar radicalmente a ética psicanalítica - o que nos mostra que há pelo menos uma crítica direta de Lacan à uma ética antiga. O sujeito e a ética figuram assim como duas questões preliminares, cuja investigação se coloca como necessária antes de pensarmos toda e qualquer aproximação possível da psicanálise com o cuidado de si. Objetivamos, então, através desses dois temas, avaliar, do ponto de vista da psicanálise, se essa provocativa aproximação de Foucault se sustenta |