Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Sergio Marinho de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-20072011-154352/
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Resumo: |
O presente trabalho aborda a incompatibilidade radical entre o discurso analítico e os imperativos contemporâneos surgidos da difusão social do discurso da ciência. De fato, a ciência tornou-se uma forma explicativa dominante, atingindo até mesmo esferas cotidianas da existência humana. Trata-se de um bem-sucedido projeto, iniciado com a modernidade, que aliou concepções metodológicas inéditas, que dariam origem à ciência moderna, com as estruturas de um novo sistema de trocas comerciais, denominado, com Marx, de capitalismo. Essa junção moderna permitiu o surgimento do sujeito, conceito filosófico, posteriormente incorporado à psicanálise por Lacan. O sujeito tem íntima relação com a concepção de linguagem com a qual trabalha Lacan. Nela fica evidente que, enquanto houver linguagem, haverá sujeito. No entanto, nos tempos atuais, o avanço da ciência, em sua face utilitária, e do capitalismo, representa aquilo que Lacan denominou de ideologia da supressão do sujeito. Um verdadeiro ataque ao sujeito que se manifesta, então, na forma de sintoma. A psicanálise, de orientação lacaniana, dessa forma, só pode ser um discurso e uma práxis em conflito com a ciência e com o capitalismo. Ela só pode refutar tentativas como a da neuropsicanálise, que tentam retirar-lhe seu caráter de subversão. Com a psicanálise se pode sair do capitalismo, disse Lacan, e da ingerência autoritária da ciência. Não para propor um novo mundo, a psicanálise não serve para isso, mas como forma de sair dos imperativos superegoicos da organização atual da civilização, como aponta Éric Laurent |