Estudo da patogênese das infecções urinárias por Streptococcus agalactiae em modelo murino de diabetes induzida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pena, João Matheus Sobral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20876
Resumo: Streptococcus agalactiae, também denominado como Estreptococos do grupo B (EGB) são bactérias Gram-positivas, esféricas que crescem aos pares ou em cadeias. O EGB tem emergido como importante causa de infecção invasiva em adultos não gestantes, embora as razões para o aumento da incidência da doença não sejam totalmente esclarecidas. As condições médicas, incluindo as alterações na resposta imune são os principais fatores de risco para infecções por EGB, particularmente a diabetes. A prevalência de diabetes entre os pacientes com casos de doença invasiva por EGB é nitidamente mais elevada (44,4%) do que na população não diabética. As infecções do trato urinário estão entre as infecções bacterianas mais comuns em humanos ocasionando um grande gasto para os sistemas de saúde públicos e privados. Sendo responsável por 11 milhões de consultas/ano nos Estados Unidos com custos anuais de 6 bilhões de dólares. Diante do exposto, o presente estudo padronizou a inoculação intraperitoneal e intranasal do EGB em modelo murino de diabetes induzida, analisando o desenvolvimento da patogênese no trato urinário. A indução da diabetes foi realizada através da administração intraperitoneal da droga estreptozotocina, após três dias e com a confirmação da hiperglicemia, os animais foram infectados por via intranasal com a amostra GBS90356 e por via intraperitoneal com as amostras GBS90356, COH1, GBS90356bspC (1x107 UFC/mL). Os animais foram eutanasiados após 5 semanas no modelo de infecção crônico e após 5 dias no modelo de infecção agudo para a retirada dos órgãos alvos (rim e bexiga), bem como urina e sangue para contagem de colônias viáveis (UFC/mL) para análise da disseminação, crescimento e persistência bacteriana. No modelo crônico as contagens evidenciaram maior crescimento bacteriano nos grupos diabéticos infectados (DI) em comparação ao grupo não diabéticos infectados (NDI), da mesma forma esse modelo de infecção demonstrou contagem de UFC/mL significativa na urina e sangue; em contraste, o modelo agudo, houve contagem bacteriana somente no rim e na bexiga. Adicionalmente, a amostra bacteriana GBS90356 apresentou amplificação para todos os genes de fatores de virulência testados, com exceção do PI-2a. A capacidade de formação de biofilme das amostras recuperadas dos animais infectados apresentou alteração na presença de ambiente hiperglicêmico. Portanto, ambos os modelos de infecção testados foram bem sucedidos, apresentando contagens bacterianas em diferentes grupos de animais, demonstrando que os modelos são replicáveis para infecção do trato urinário por EGB em modelo murino de diabetes induzida