O desenvolvimento da representação espacial na educação do estudante cego congênito
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22833 |
Resumo: | A presente dissertação foi desenvolvida com o objetivo de contribuir com os processos educacionais que buscam viabilizar a percepção do espaço geográfico e a sua representação pelos alunos que nasceram cegos ou perderam a visão antes dos cinco anos de idade e estão incluídos em escolas de ensino regular - entretanto isso não inviabiliza o seu uso em escolas de ensino especial. Esses indivíduos necessitam de reformulações tanto nas estruturas fixas da escola, quanto no ensino, para que possam participar de forma eficaz do processo de ensino/aprendizagem. Nesse sentido, destaca-se a necessidade de práticas pedagógicas que também viabilizem a construção de um amplo conhecimento sobre a percepção e a representação do espaço, a fim de que eles possam interagir com seus ambientes, objetos e ocupantes de forma autônoma e independente. Destaca-se que a escola é um lugar repleto de cultura, interações sociais e políticas, e os indivíduos que são cegos, muitas vezes, acabam excluídos desses processos devido à dificuldade em transitar nesse ambiente devido à sua condição sensorial. Nesse contexto, o corpo escolar deve estar preparado para promover a compreensão sobre o espaço escolar e seus elementos a partir de práticas docentes que favoreçam sua percepção e representação. Para isso, o professor pode-se utilizar da construção de um quebra-cabeça tátil interativo cujas peças sejam representações de ambientes como salas de aulas, refeitório, pátio, biblioteca, corredores, banheiros e partes administrativas. Ao interagir com essas peças, faz com que esses indivíduos façam uma composição mental desses lugares e se sintam confiantes em se locomover por eles, já que adquirem um conhecimento prévio de como são os seus formatos. O referencial teórico deste estudo foi pautado nas pesquisas de Arruda (2014) e Ventorini (2009). Esses trabalhos defendem que em um contexto educacional, principalmente o inclusivo, alunos com deficiências visuais devem ter a possibilidade de evoluir academicamente e socialmente, amparados pela aceitação e flexibilidade do professor, que precisa ter o mínimo de conhecimento prévio sobre as suas demandas. O método utilizado foi o teórico conceitual e, também, conta com uma parte aplicada. Assim, entende-se que a presença de um indivíduo com cegueira congênita em uma sala de aula regular requer adaptações nas metodologias e nos materiais didáticos para lhe possibilitar perceber fenômenos por meio da utilização dos sentidos preservados, tendo o tato como ponto de partida, mas não como o único canal de aquisição de conhecimento. Dessa maneira, as aulas de geografia a partir da cartografia tátil assumem um papel importante no que se refere à perspectiva da educação inclusiva, visto que a produção dos mapas táteis, produzidos por instituições especializadas ou construído pelo professor, permite levar essa disciplina e os seus conceitos abstratos até os alunos que nasceram cegos ou perderam a visão antes dos cinco anos de idade. |