conhecimento como resposta curricular à alteridade
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10454 |
Resumo: | Esta tese se volta ao debate sobre o conhecimento no campo do currículo, com vistas constituir a perspectiva de que o conflito em torno deste nome marca o dinamismo de um pensamento político curricular que busca controlar aquilo que é lido como faltoso a si, a alteridade. O primeiro capítulo focaliza a organização teórico-estratégica, na qual introduzo operadores interpretativos à dinâmica da política, aos processos de subjetivação que a constituem por meio de decisões em resposta à alteridade questionadora que escapa ao cálculo curricular. Baseado nos pensamentos derridiano e laclauniano, pondero os processos de subjetivação como movimentos caros às significações contextuais, traduções performadas em resposta ao que se tem por questionamento em dado contexto. No capítulo seguinte, apoiado nos estudos pós-estruturais de Alice Casimiro Lopes e Elizabeth Macedo, procuro organizar uma posição teórica de currículo que defendo e a partir da qual penso as produções no campo, as políticas de currículo. Nesse sentido, defendo a política de currículo como cultura, alinhando-me especificamente à ideia de currículo como texto incessantemente traduzido. No terceiro capítulo, a partir de abordagem a estudos do campo, chamo a atenção para uma possível leitura que é dinamizada nas afirmações espectrais de um conhecimento como meio de projetar um sujeito (devendo estar) sob controle de uma lógica. No quarto capítulo chamo a atenção para trabalhos de grande projeção no debate sobre organização curricular, particularmente aqueles que defendem a organização interdisciplinar. Destaco argumentos em defesa das distintas leituras sobre organização curricular com vistas a enfatizar o quanto tendem a circunscrever uma leitura de conhecimento implicada no controle sobre o sujeito, sobre o contexto, o mundo. A esse respeito, chamo a atenção para o quanto tal conflito se desdobra também na produção das políticas curriculares oficiais, focalizando especificamente o que considero ser central e, possivelmente, tomado como pressuposto as discussões sobre inovação e produção de conhecimento: a tensão entre a organização disciplinar e a integrada do currículo. Nesse sentido, proponho a discussão do significante interdisciplinaridade como corte empírico da abordagem ao referido conflito. No ultimo capítulo, discuto os sentidos que pautam a reforma do nível médio, focalizando a tensão sobre a organização curricular via interdisciplinaridade como meio de afirmação de um conhecimento capaz de responder ao que é delineado como desafio ao currículo, constituir aquilo que é dado como faltoso a um horizonte de plenitude. Concluo defendendo que a afirmação do conhecimento e sua repetição tendem a funcionar como respostas de uma subjetivação político-curricular àquilo desconhecido a que se busca deter, compreender, sanar. As respostas possíveis, pensadas ao longo da tese como orbitando na relação com o nome conhecimento, possibilitam a perspectiva de que a subjetivação projeta como faltoso, bloqueio, debilidade, fragilidade, a falta de um conhecimento que não é de propriedade, ainda que seja ponderado como tal |