Condições de trabalho e saúde dos enfermeiros em oncologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Queiroz, Sylvia Gonzalez de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11311
Resumo: O presente estudo teve como objeto as condições de trabalho e a saúde dos enfermeiros no contexto organizacional de uma instituição oncológica. A minha experiência profissional em oncologia em uma Instituição, referência em oncologia clínica e cirúrgica, que desenvolve ações no âmbito assistencial, de ensino e pesquisa, possibilitou-me observar o processo de trabalho dos enfermeiros. Verifiquei a incidência freqüente de licenças médicas para tratamento da saúde e a ocorrência de transtornos de ordem física e mental relacionados ao estresse, trabalho em turnos, sobrecarga de trabalho por déficit de recursos humanos, além das dificuldades do enfermeiro em lidar com situações adversas relacionadas ao tratamento de clientes oncológicos. Trata-se de um estudo não experimental, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa e aporte qualitativo. Este estudo possibilitou identificar os fatores de risco no trabalho a que estavam expostos os enfermeiros oncológicos, descrevendo as condições do ambiente de trabalho e a percepção dos enfermeiros sobre os problemas de saúde que foram provocados ou agravados pelo trabalho. Concluiu-se que as condições de trabalho podem interferir diretamente na saúde desses profissionais, haja vista que o problemas de saúde apontados pelos enfermeiros estão intimamente ligados ao cuidado realizado por estes profissionais. Dos problemas provocados pelo trabalho, destacam-se: lesão por material pérfuro-cortante (67%), estresse (52%), mudanças de humor (50%), doenças de pele (46%) dores lombares (45%) e depressão (33%). O estudo evidenciou que deve haver um empenho por parte da organização e da própria categoria para reivindicar melhores condições de trabalho com o objetivo de transformar o processo de trabalho, facilitando a realização das atividades relacionadas ao cuidar e da promoção da saúde do cuidador. A conscientização sobre a possibilidade de adoecimento pelo trabalho deve incentivar o profissional na realização de práticas seguras e na utilização de dispositivos de segurança, principalmente pela implementação de medidas preventivas que possam possibilitar um estilo de trabalho mais saudável.