Avaliação das alterações microcirculatórias secundárias ao uso de ivabradina em um modelo experimental de sepse em hamsters

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Miranda, Marcos Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12570
Resumo: Ivabradina, uma droga inibidora da corrente If no nodo sinoatrial, já foi utilizada em pacientes sépticos, embora poucos estudos tenham examinado seus efeitos sobre a função da microcirculação. Dessa forma, o presente estudo experimental foi desenvolvido para caracterizar os efeitos microcirculatórios da ivabradina em um modelo murino de sepse abdominal que permite avaliações in vivo da microcirculação. Vinte e oito hamsters sírios dourados foram alocados em grupos: sham; animais sépticos não tratados; animais sépticos tratados com solução salina a 0,9%; animais sépticos tratados com ivabradina (2,0 mg.kg-1 de peso corporal, em bolus intravenoso, seguido de 0,5 mg.kg-1.h-1). A realização de microscopia intravital em preparações de dobras cutâneas (câmara dorsal) permitiu a análise quantitativa de diversas variáveis microvasculares. Pressão arterial, frequência cardíaca, escore de atividade, gasometria arterial e parâmetros hematológicos e bioquímicos também foram documentados. A indução de sepse acarretou diminuição da perfusão capilar e se associou com disfunção orgânica e acidose metabólica. O tratamento com ivabradina atenuou significativamente essas respostas: em comparação com os animais sépticos tratados com solução salina a 0,9%, aqueles tratados com ivabradina terminaram o experimento com menor comprometimento da função de órgãos, maior nível sérico de bicarbonato (26,7 ± 2,5 versus 15,7 ± 3,5, p <0,05) e maior densidade capilar funcional (90,5 ± 4,3% em relação aos valores basais versus 71,0 ± 15,9%, p <0,05). Dessa forma, a ivabradina foi eficaz na redução da acidose metabólica, da disfunção de órgãos e de distúrbios microvasculares evocados pela sepse experimental. Esses resultados sugerem que a ivabradina produz efeitos benéficos sobre a microcirculação de animais sépticos.