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Experiências de famílias recasadas: resposta ao estresse e a busca por bem-estar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Ludmilla Furtado da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23177
Resumo: O termo família, além de abarcar um conjunto de pessoas, representa uma construção social, instituída por normas, valores e representações, transmitidas, culturalmente, dos pais aos filhos. Como uma construção, no caso das famílias recasadas, há um redimensionamento de limites e o surgimento de uma nova dinâmica a partir dos vínculos estabelecidos entre seus membros. A dinâmica conjugal e a parental são diferenciadas no recasamento, sendo, comumente, associadas ao aumento de estresse, já que seus membros possuem histórias de outras relações. Além disso, consideramos as formas como as famílias respondem ao estresse em estratos socioeconômicos distintos, tendo consequência para o bem-estar. O modo como as famílias recasadas respondem ao estresse nos subsistemas conjugal e parental é outro aspecto a destacar em nossa proposta de estudo e de pesquisa. A nós, interessou pesquisar famílias recasadas, realizando um estudo exploratório com vistas a discutir as diferentes significações das experiências dessas famílias, com o intuito de responder o objetivo principal: compreender, a partir de narrativas que retratam as experiências singulares, as variadas estratégias utilizadas para lidar com o estresse e o modo como as famílias recasadas criam bem-estar. Utilizamos a metodologia qualitativa, pois é mais apropriada para quem busca flexibilidade na construção dos dados da pesquisa, procurando descrever a fundo as questões da vida social e valorizando a exploração indutiva do campo de pesquisa, destacando a experiência das famílias. Ademais, a metodologia qualitativa ocupa-se de objetos complexos, respeitando as diversidades, suas distintas dimensões sem perder de vista a totalidade. Para a realização desta pesquisa, entrevistamos 12 famílias recasadas em que pelo menos um dos membros do casal possui filhos(as) adolescentes do casamento anterior. Utilizamos a Linha do Tempo e um roteiro semiestruturado de entrevista, além de uma ficha para coletar dados sociodemográficos. Trabalhamos com a Análise de Conteúdo, estabelecendo Eixos temáticos e suas respectivas categorias, que são: ‘o que me estressa no casamento’, ‘divórcio e recasamento’, ‘o que me estressa na relação com filhos adolescentes’, ‘falta de autonomia no cuidado com o(a) enteado (a)’, ‘isolamento na pandemia do COVID-19’ e ‘medo de perder o emprego’, ‘gravidez e nascimento dos filhos’, ‘diálogo na relação parental’, ‘suporte Social e Afetivo’, ‘vida socioeconômica em equilíbrio’, ‘diálogo na relação conjugal’, ‘viajar’, ‘felicidade no casamento’, ‘convivência entre os membros da família’, ‘respeitar as individualidades’, ‘suporte emocional aos filhos’. Como principais resultados, destacamos que a reposta que as famílias dão ao estresse as mantém em equilíbrio, alargando seus sentimentos, sensações e percepções a respeito de situações estressoras. Concluímos que valorizar as estratégias que as famílias recasadas possuem para lidar com o estresse e promover o bem-estar pode auxiliar na redução de um olhar estigmatizado em relação à dinâmica desse modelo de família.