Análise sintomatológica longitudinal de indivíduos sobreviventes da COVID-19 e pacientes com Síndrome Pós-COVID
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23239 |
Resumo: | Atualmente, enfrentamos a COVID-19, causada pela infecção do vírus SARS-CoV-2. Indivíduos infectados podem ser assintomáticos ou apresentar uma variedade de sintomas, desde sintomas leves até casos de sepse fatal. Os principais sintomas a serem manifestados são de cunho respiratório, embora outros órgãos também possam ser afetados. Evidências foram coletadas sobre a condição do Pós-COVID, onde indivíduos recuperados da COVID-19 tem a presença de sintomas persistentes ou novos que duram por semanas ou meses, comprometendo significativamente a sua qualidade de vida. Considerando-se um grande percentual de sobreviventes sintomáticos da COVID-19, houve a expansão do uso do monitoramento remoto do paciente (MRP) como um mecanismo para avaliar e acompanhar pacientes em casa. O objetivo do presente estudo foi analisar as alterações sintomatológicas ao longo da recuperação de indivíduos sobreviventes da COVID-19 e de pacientes com Síndrome Pós-COVID através do monitoramento domiciliar da intensidade dos sintomas de falta de ar, fadiga, febre, tosse, expectoração, dor de cabeça, dor de garganta, dor no corpo, diarreia, outros sintomas e pressão arterial (PA). Além de associar os achados sintomatológicos com a fisiopatologia da doença. O MRP foi realizado durante 15 dias e uma vez ao dia através do aplicativo SintomV2, criado em nosso laboratório especificamente para este estudo e contém uma listagem com sintomas relacionados à COVID-19. Trata-se de um estudo analítico, longitudinal descritivo, analisados 133 indivíduos com faixa etária entre 20 e 78 anos: 40 no grupo leve (GL), 40 no grupo de alta hospitalar sem a ventilação mecânica invasiva (VMI) (GSVM), 13 no grupo de alta hospitalar com VMI (GCVM) e 40 no grupo de reinfectados (GR). Febre, expectoração, dor de garganta e diarreia apresentaram as menores intensidades médias entre os sintomas observados. Os sintomas de falta de ar, fadiga, tosse, dor de cabeça, dor no corpo e outros sintomas apresentaram as maiores intensidades médias. O GSVM apresentou as maiores médias em seis sintomas (febre, expectoração, diarreia, tosse, falta de ar e dor de cabeça) (p<0,01), seguido pelo GCVM com as maiores médias em quatro sintomas (dor de garganta, fadiga, dor no corpo, outros sintomas) (p<0,05). No geral, o sintoma que apresentou a maior intensidade foi a fadiga. O lapso de memória foi o outro sintoma mais prevalente. O GCVM e GSVM apresentaram as maiores intensidades em todos os sintomas de forma geral (p<0,05). Apesar das oscilações na intensidade dos sintomas ao longo do tempo, observa-se uma tendência de diminuição gradual. No entanto, os pacientes que foram hospitalizados apresentam maior intensidade e prevalência desses sintomas. A PA foi mais elevada nos pacientes do GL em comparação ao GR, porém, os valores estavam normais (p<0,0001). Sendo assim, sugere-se que os resultados deste estudo são coerentes com a fisiopatologia da COVID-19 e do pós-COVID, e podem ser descritos e analisados através do MRP. |