Presença e Tipologia de HPAs em moluscos bivalves de Santa Catarina e Rio de Janeiro, Brasil
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13908 |
Resumo: | Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) têm sido largamente estudados devido aos seus efeitos tóxicos em espécies aquáticas e seres humanos. Muitos compostos do grupo dos HPAs são capazes de reagir com o DNA, tornando-se potencialmente carcinogênicos e/ou mutagênicos. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de HPAs em tecido de Crassostrea sp. (ostra), Perna perna (mexilhão) e Anomalocardia brasiliana (vôngole/berbigão) e a distribuição destes compostos no material particulado em suspensão (MPS) e no sedimento superficial em duas áreas da costa brasileira, sujeitas a diferentes graus de contaminação por hidrocarbonetos. Os HPAs foram analisados por cromatografia gasosa acoplada à espectrofotometria de massas em amostras compostas de 3 diferentes classes de tamanhos para mexilhão e ostra e 2 classes de tamanho para os berbigões, no sedimento e no MPS. Os resultados encontrados para o Σ HPAs totais no sedimento foram de 160,8 a 219,9 ng.g-1 e de 200,5 a 8.139,5 em Ribeirão da Ilha e Ilha do Governador, respectivamente. Já para o MPS foi obtido uma variação de 57,2 a 654,5 ng.g-1em Ribeirão da Ilha e 25,9 a 133,9 ng.g-1 na Ilha do Governador. Em relação às amostras biológicas, a concentração do ΣHPAs totais nas amostras de Ribeirão da Ilha variaram entre 432,7 e 700,2 ng.g-1, 115,7 e 731,9 ng.g-1 e 159,9 e 888,9 ng.g-1 para mexilhões, berbigões e ostras, respectivamente. E na Ilha do Governador as amostras compostas de mexilhões, berbigões e ostras variaram entre 544,9 e 848,8 ng.g-1, 186,2 e 329,9 ng.g-1, e 941,8 e 1.785,1 ng.g-1, respectivamente. De modo geral foi observado um maior acúmulo dos compostos de menor peso molecular nas amostras estudadas e um predomínio dos compostos alquilados, que representaram, em todas as amostras biológicas, sempre mais que 75 % dos HPAs totais determinados, apontando uma contaminação por petróleo e/ou derivados. Em relação a diferença de tamanho dos moluscos bivalves, não houve diferenças significativas entre os mesmos, assim como não houve diferenças significativas para o Σ 16 HPAs e Σ HPAs totais entre as duas regiões estudadas. Os resultados apontam para uma baixa e moderada contaminação de HPAs nos sedimentos em Ribeirão da Ilha e Ilha do Governador, respectivamente. Todas as amostras tiveram concentrações de benzo(a)pireno abaixo dos valores limite estabelecido pela Comissão Europeia para tecido mole dos moluscos bivalves. |