A história ambiental de uma tragédia: percepção geográfica-ambiental em uma comunidade atingida por um evento extremo

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Faustino, Artur Schausltz Pereira
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Geografia
• Palavras-chave em Português: Idea of Nature; Environmental history; Natural disasters; Ideia de Natureza; Desastres naturais; História ambiental – Nova Friburgo (RJ); Catástrofes naturais – Nova Friburgo (RJ); Percepção geográfica – Nova Friburgo (RJ); Vítimas de desastres – Nova Friburgo (RJ); Geografia ambiental – Nova Friburgo (RJ); CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA::GEOGRAFIA HUMANA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16862

A ideia de natureza permeia toda a História do Pensamento Geográfico, seja como objeto de pesquisas ou como imaginário social de um modo geral (que é também objeto de pesquisas). Nesse sentido, este trabalho buscou demonstrar sua importância na ciência geográfica e de que modo essa ideia é vivenciada pelas pessoas, a partir de sua (re)elaboração em situações de desastres naturais. Assim, se ateve ao caso específico da tragédia ocorrida em janeiro de 2011 no município de Nova Friburgo-RJ, a partir de entrevistas com moradores de uma das áreas mais afetadas, o bairro do Córrego D’Antas, buscando revelar estes modos de se pensar a natureza e o ambiente no pós-tragédia e baseando-se conceitualmente nas noções de lugar, paisagem, fatos (representações) sociais e percepção ambiental. Para tanto, foram utilizados os níveis de análise da disciplina de História Ambiental, por suas relações mais próximas com a ciência geográfica e por fornecer arcabouço teórico consistente para o entendimento da temática, abordando a configuração física das áreas atingidas (nível 1), as ações dos atores sintagmáticos destacados (nível 2), além das questões ligadas a cultura e memória, das estruturas de significação, mitos, valores e atitudes, ou seja, das ideias como agentes ecológicos (nível 3). Ademais, foram abordados alguns movimentos ambientalistas surgidos e/ou intensificados no pós-tragédia. Como resultado geral, percebeu-se um arrefecimento relativo das preocupações referentes aos problemas ambientais ao longo dos últimos dez anos, não obstante as marcas deixadas pelo desastre, tanto materiais quanto imateriais