A negociação do que é sem mal: currículo, cosmologia e diferença entre os mbyá (guarani)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lopes, Danielle Bastos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10481
Resumo: Os mbyá são um grupo de língua guarani, do tronco Tupi, do litoral do Sudeste do Brasil. Localizam-se tanto nos territórios brasileiros, como argentino, paraguaio, uruguaio e boliviano. O grupo que estudo, reside no Rio de Janeiro desde os anos 1990. Houve a entrada de guaranis na região Sudeste, mais precisamente desde a década de 1950. Os mbyá, concebem os seres que povoam outras regiões do cosmos como os -Já, seres não humanos, e inclusive, alguns deles, como propriamente desumanos, pois são dotados de características negativas ao homem. Esses espíritos, assim como os seus mitos de criação e xamanismo circulam toda a relação de educação na sociedade guarani, como também a relação com a escolarização. Argumento, que a proximidade com a escola estadual indígena presente no seu território, assim como as relações de currículo que são constituídos pela política nacional, não se desassociam dessa relação cosmológica, com seres, espíritos e formas animais outras . Entendo currículo, portanto, como um panorama de multiplicidades que integra homogeneidade e diferença; não apenas relacionado a documentos escritos e protocolares, mas, à própria negociação pela manutenção da escola em seu território e entrosamento com os espíritos não-humanos. Esse entendimento de currículo, argumento central da tese, em suma, tentará demonstrar o quanto da lógica do sensível, cosmologia e corporalidade mbyá não se adequam facilmente às políticas de currículo; mesmo aquelas que se qualificam como interculturais e bilingues