Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Hotimsky, Marcelo Caio Nussenzweig |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-03052023-191119/
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Resumo: |
Este trabalho pretende propor uma reflexão sobre como os Guarani Mbya compreendem e fazem uso da experiência onírica. Partindo de uma constatação sobre a relevância do compartilhamento dos sonhos no cotidiano das aldeias e de como os mesmos influem em importantes decisões das pessoas guarani, realizo, ainda no início, uma análise sobre como os sonhos são compreendidos entre os Mbya, propondo que os mesmos são pensados como experiências reais vividas pelos sujeitos no período da noite, quando seus corpos dormem. A partir disso, busco fazer uma análise das diferentes formas de encontros oníricos, verdadeiras fontes de conhecimentos e poderes, mas também de riscos como o adoecimento, a transformação animal (-jepota) e a morte. Sigo, então, para uma reflexão sobre a relação entre os sonhos, os mitos e a territorialidade guarani, buscando mostrar como a experiência onírica se entrelaça com a atual luta dos Mbya pelo reconhecimento de seus direitos territoriais. Realizo, ainda, uma análise de como os sonhos são compartilhados no período da vigília, refletindo sobre os espaços em que são contados, algumas das lógicas intrínsecas aos processos de interpretação e sobre o lugar especial dos nhaneramo? e nhandejaryi (anciões e anciãs) nesse processo, que passa do relato do sonho à escolha das ações pragmáticas que devem ser tomadas em função deles. Por fim, proponho uma breve reflexão crítica sobre como os Guarani compreendem que os jurua (não indígenas) sonham e como fazem uso dos seus sonhos. |