Novas narrativas para velhos monstros: como Penny Dreadful reinventa Frankenstein
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20657 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo compreender como a série de televisão Penny Dreadful reinventa o personagem da Criatura do romance Frankenstein, de Mary Shelley, ressignificando sua monstruosidade de modo a humanizá-lo. Para isso, ambas as produções são utilizadas como corpus ficcional da análise. Parte-se de duas premissas fundamentais: a de que o monstro — e consequentemente, a monstruosidade — é um conceito cultural, como definiu Jeffrey Cohen; e que o processo de adaptação do romance de Shelley promove a expansão deste, pois Penny Dreadful deve ser entendida como uma produção cinematográfica, e por isso, é capaz de construir sentido e realidade a partir de seus aspectos técnicos. Em um primeiro momento, será analisada a construção da monstruosidade da Criatura em Frankenstein, utilizando a conceituação de Monstro de Cohen aliada a um panorama histórico de Stephen T. Asma sobre a monstruosidade. Em seguida, será discutido o lugar de Frankenstein dentro da Literatura Gótica, a partir dos escritos de Fred Botting e David Punter. Nesta etapa será feita a análise da narrativa do romance, com foco na trajetória do monstro de Victor Frankenstein. O segundo momentos se dedicará a compreender a monstruosidade da Criatura em Penny Dreadful. Asma será retomado para que se entenda o monstro não apenas por seus aspectos externos, mas também internos, a partir do surgimento da Psicanálise, no século XIX. Na sequência, será proposta uma reflexão sobre o lugar de Penny Dreadful na televisão dos Estados Unidos dos últimos 50 anos, com base na análise de Brett Martin sobre o tema. Em seguida será estabelecido um conceito de adaptação, utilizando os escritos de André Bazin sobre a objetividade essencial da imagem cinematográfica, e de Andrei Tarkovski sobre como o fazer cinematográfico se apropria do registro da realidade para construir novos sentidos. Para focar nos aspectos técnicos específicos das adaptações cinematográficas, serão trazidos os comentários de Frédéric Subouraud. Os escritos de Julie Sanders sobre a adaptação como um processo de expansão virão em sequência. Por fim, será analisada a trajetória da Criatura em Penny Dreadful |