Comparação de métodos de extração e purificação de DNA de material de arquivo, para utilização em análise de amostras forenses no Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Netto, Mônica Sertã Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DNA
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15024
Resumo: A identificação fundamentada na análise do DNA é apontada como a maior revolução cientifica na esfera forense desde o reconhecimento das impressões digitais, por ter grande poder discriminatório na individualização de pessoas. As técnicas empregadas em identificação por DNA ostentam duas vantagens sobre os métodos convencionais de identificação: a estabilidade química do DNA, mesmo após longo período de tempo, e a sua ocorrência em todas as células nucleadas do organismo humano, o que permite condenar ou absolver um suspeito com uma única gota de sangue ou através de um único fio de cabelo encontrado em cena de crime. Evidências forenses, proveniente de material de arquivo como tecidos emblocados em parafina e que ficam acautelados nos Serviços de Patologia e Genética Forense são, em muitos casos, o único registro disponível da amostra biológica coletada. No entanto, no contexto forense, onde esse tipo de material é proveniente de amostras antigas e de restos mortais, ainda existem poucos protocolos adequados para a recuperação de DNA para identificação forense. O objetivo desse estudo é avaliar métodos de extração e purificação de DNA a partir de material de arquivos biológicos, a fim de determinar um protocolo que ofereça boa recuperação de DNA e se adeque à realidade laboratorial forense do IPPGF e de outros serviços forenses. Vinte e duas amostras de tecido de cadáveres, incluídas em blocos de parafina, foram submetidos a dois métodos de pré-tratamento; desparafinização com xileno e por calor em microondas, e posteriormente, utilizado quatro metodologias para extração de DNA que incluem: Método Orgânico, Chelex 100®, Purificação em Membranas (NucleoSpin) e o Método de Purificação em Resina (DNA IQ). Observamos que os resultados espectrofométricos não são bons parâmetros nos quais devam-se apoiar para direcionar os procedimentos técnicos de extração nos casos de material de arquivo emblocado em parafina, pois, mesmo quando as medidas espectrofotométricas revelavam a presença de DNA, não havia amplificação bem sucedida do fragmento esperado. A Reação em Cadeia da Polimerase demonstrou-se uma técnica eficiência, ao amplificar um DNA degradado e em baixa quantidade. As melhores concentrações de DNA, por PCR TR, foram obtidas nas metodologias orgânica (fenol-clorofórmio-álcool isoamílico) e o Nucleospin, sendo posteriormente pareadas para comparação, utilizando o teste não paramétrico de Friedman, que mostraram diferença significativas (p<0,05) entre os métodos de Chelex e Orgânico e de Nucleospin e Orgânico. As metodologias que apresentaram as maiores médias de concentração de DNA ao longo de 1983 a 2011 e também por tipo de tecido emblocado em parafina foram o Orgânico e o Nucleospin. As metodologias que apresentaram maiores médias do número de loci amplificados foram o Orgânico e Nucleospin DNA, seguida do DNA IQ e Chelex. Esses resultados reforçam e validam a manutenção do protocolo Procedimento Operacional Padrão (POP) baseado na metodologia orgânica (fenol-clorofórmio-álcool isoamílico, utilizado no IPPGF