Compostos fenólicos do açaí: uma estratégia para minimizar a inflamação e o estresse oxidativo associados às toxinas urêmicas
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7197 |
Resumo: | O extrato hidro-alcoólico do caroço do açaí (açaí seed extract; ASE) tem demonstrado efeito protetor na gênese da disfunção endotelial e alterações renais em modelo murino de hipertensão renovascular. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antioxidante e anti-inflamatório do extrato do caroço do açaí em presença das toxinas urêmicas indoxil sulfato (IS) e p-cresil sulfato (pCS) em células endoteliais humanas e em modelo murino de doença renal crônica (DRC). Células endoteliais do cordão umbilical humano (HUVEC) receberam diferentes tratamentos com ASE (10 µg/mL) e com as toxinas IS (61 µg/mL) e pCS (40 µg/mL). Foram avaliados os parâmetros de viabilidade e morte celular, a capacidade migratória, a expressão gênica de marcadores inflamatórios e a avaliação do dano oxidativo e da resposta antioxidante celular. Adicionalmente, utilizamos modelo in vivo de DRC induzida por adenina (0,25%), tratado ou não com o ASE, sendo avaliados os parâmetros de função renal, marcadores do dano oxidativo e teor de colágeno em tecido renal, além da determinação de metabólitos em plasma e urina. As toxinas IS e pCS promoveram a redução na viabilidade de células endoteliais e o aumento do percentual de morte celular, bem como a diminuição da capacidade migratória celular (p<0,05). O ASE foi capaz de prevenir a morte celular e a redução da capacidade migratória em células tratadas com IS. Ambas as toxinas promoveram o aumento da produção e expressão de citocinas pró-inflamatórias, tendo o ASE ação preventiva desse efeito. As toxinas também promoveram o aumento da secreção de TNF-α, e o ASE reverteu esse fenômeno em células tratadas com ambas as toxinas em concomitância (p<0,05). A expressão da enzima antioxidante superóxido dismutase foi diminuída em células tratadas com as toxinas, e o ASE foi capaz de prevenir esse efeito (p<0,05). Nos animais experimentais, os parâmetros de função renal avaliados apontaram para a instauração da DRC, e para a ação benéfica do ASE na atenuação do aumento da concentração de uréia plasmática e da proteinúria (p<0,05). Os marcadores de dano oxidativo avaliados em tecido renal dos animais sugerem o quadro de estresse oxidativo na DRC, sendo o ASE capaz de reverter esse fenômeno observado. Os animais com DRC apresentaram maior deposição de colágeno em tecido renal, quadro esse que foi revertido pelo ASE (p<0,05). Observamos que o ácido hipúrico foi o principal metabólito na urina dos animais experimentais dos grupos Controle + ASE e DRC + ASE, seguido do ácido 3,4-dihidroxifenilacético e da catequina. A excreção urinária desses compostos apresentou-se de forma diferente entre os grupos Controle e DRC. Em plasma de animais com DRC, o ácido hipúrico encontrou-se duas vezes mais concentrado. Os resultados apontam para os efeitos benéficos do ASE nos danos causados pelas toxinas urêmicas, particularmente pelos IS, em modelo in vitro de células endoteliais. In vivo, observamos a atenuação de danos ocasionados na doença renal crônica promovida pelo ASE. O presente trabalho retrata o efeito protetor do extrato do caroço do açaí rico em compostos fenólicos sobre os agravos provocados por toxinas urêmicas em diferentes modelos experimentais |