Estratégias de coping em trabalhadores de Enfermagem frente ao processo de morte e morrer em unidade de terapia intensiva neonatal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Martins, Bruna dos Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11178
Resumo: O presente estudo possui como tema estratégias de coping utilizadas pelos trabalhadores de Enfermagem frente à morte do recém-nato em unidade de terapia intensiva neonatal . A morte em unidade de terapia intensiva neonatal é um fator de risco psicossocial para a saúde dos trabalhadores de Enfermagem, podendo acarretar altos níveis de estresse e com repercussões para a saúde mental. No intuito de minimizarem o estresse psicossocial e cuidarem de vidas tão frágeis, os trabalhadores de Enfermagem elaboram estratégias de enfrentamento (coping) no ambiente de trabalho e fora deste. Objetivos: identificar as estratégias de coping utilizadas pelos trabalhadores de Enfermagem frente à morte de recém-natos em unidade de terapia neonatal e analisar a sua eficácia na minimização do estresse psicossocial frente à morte em unidade de terapia neonatal. Método quantitativo com delineamento transversal, que teve como campo uma unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital universitário situado no município do Rio de Janeiro. Após a autorização do estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, participaram do estudo 44 trabalhadores de Enfermagem. Na coleta de dados, utilizou-se um instrumento para a caracterização da amostra e o Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus (1984). Os resultados evidenciaram que a amostra foi composto, em sua maioria, por trabalhadores do sexo feminino, faixa etária entre 26 e 45 anos, casados e com renda familiar acima de oito salários mínimos. São estatutários, trabalham em regime de turnos, acumulam dois vínculos empregatícios e cumprem carga horária acima de 40 horas semanais. Dentre as estratégias de coping referidas pelos trabalhadores frente ao processo de morte e morrer do recém-nato, houve maior frequência de afirmativas para as estratégias: resolução de problemas, autocontrole e suporte social, respetivamente. Essas estratégias possuem papel relevante na minimização do estresse e desgaste do profissional, sendo ora centradas no problema, ora na regulação da emoção, podendo ser descartadas ou fazerem parte de um repertório próprio destes profissionais frente à morte de recém-natos, daí a sua importância na regulação e minimização do estresse. Conclui-se que as estratégias adotadas são relevantes por propiciarem o diálogo, a escuta e o compartilhamento de emoções, sentimentos e comportamentos, além de propiciarem a formação de redes de suporte social entre os próprios trabalhadores, sendo um importante recurso na minimização do estresse psicossocial.