O cuidado no processo de morte e morrer em oncologia: contribuições para a enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Thaís Vidal de lattes
Orientador(a): Salimena, Anna Maria de Oliveira lattes
Banca de defesa: Moreira, Marléa Chagas lattes, Thofehrn, Maira Buss lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11391
Resumo: Objetivou-se nesta pesquisa compreender os significados e desvelar os sentidos do cuidado de enfermagem as pessoas com doença oncológica em processo de morte e morrer para o enfermeiro. Estudo de natureza qualitativa que utilizou a abordagem fenomenológica e como referencial teórico, filosófico e metodológico fundamentado no pensamento filosófico de Martin Heidegger. Constituíram-se como cenários duas instituições especializadas na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer situadas no estado de Minas Gerais, participaram 06 enfermeiros que nos meses de dezembro de 2018 a março de 201 prestaram depoimentos. A entrevista fenomenológica teve como questões norteadoras: como você cuida de pacientes terminais? Qual o significado de cuidar de pacientes? Qual o sentimento que você tem em relação a esse cuidado? No primeiro momento, na análise compreensiva, emergiram as estruturas essenciais, de modo a construírem as Unidades de Significados: lidar com a possibilidade da morte é algo difícil, complicado, ruim, muito triste, trabalhar somente com o dia de hoje e enxergar todas as possibilidades de cuidado; sentir amor, carinho, respeito, estando presente, segurando a mão, olhando nos olhos, escutando e colando-se no lugar do outro; ter um sentimento bom e realizar os desejos finais; a família como parte do cuidado e para cuidar. No segundo momento, a análise interpretativa, desvelou os sentidos do ser-aí-enfermeiro-que-cuida-de-pessoas-com-doença-oncológica-no-processo-de-morte-e-morrer, que se mostrou no falatório, ocupação, ambiguidade e curiosidade, e também no pavor. O cuidado de enfermagem a pessoa em processo de morte e morrer deve ser um cuidado responsável e imediato, visto que o enfermeiro está limitado a programar ações futuras, diante da incerteza do amanhã. A inclusão do familiar como parte integrante do cuidado, revela a necessidade do cuidado centrado na família. No entanto a compressão do sentido deste cuidado para o enfermeiro possibilita uma reflexão quanto ao enfermeiro estar instrumentalizado para alcançar as possibilidades de cuidado para a pessoa que está em processo de morte e morrer.