O Pró-Saúde no curso médico da UFPE: as influências do movimento político de mudanças na formação a partir da proposta de integração ensino-serviço.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4768 |
Resumo: | A preocupação com a formação e com os cenários de prática dos estudantes parece acompanhar o ideário de luta de muitos atores que se debruçaram em prol de um sistema de saúde mais equânime e acessível à população. Nesse sentido, repensar e diversificar os cenários de ensino-aprendizagem pode ser uma importante ferramenta para ampliar as concepções sobre o processo saúde-doença apreendidas pelos estudantes, considerando, por outro lado, que a mudança per se dos espaços de inserção ao longo da formação não garante a ressignificação da lógica da saúde voltada para os interesses do mercado. Do ponto de vista das políticas voltadas para fomentar mudanças na formação, destaca-se o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) que atua a partir de três eixos: orientação teórica; cenários de prática e orientação pedagógica. Com o recorte sobre o segundo vetor, os cenários de prática, o presente estudo buscou investigar o processo de adoção do Pró-Saúde na experiência desenvolvida pelo Curso Médico da Universidade Federal de Pernambuco e suas repercussões e rebatimentos no diálogo da academia com os serviços. O passo a passo metodológico contou com a revisão bibliográfica sobre o tema; o levantamento de documentos oficiais e não oficiais sobre as políticas e iniciativas que vislumbraram maior aproximação da academia com a rede de serviços e a construção de uma linha do tempo para melhor compreender e mapear cronológica e politicamente os respectivos acontecimentos. Como fonte primária, foram realizadas 24 entrevistas com roteiro semi-estruturado voltadas para atores da academia e dos serviços e uma roda de conversa com a participação de 21 estudantes do Curso Médico. A análise dos dados, por sua vez, foi realizada considerando três categorias temáticas, quais sejam: 1) rebatimentos das políticas anteriores ao Pró-Saúde em relação à integração ensino-serviço; 2) costura/pactuação entre os atores da academia e da gestão para viabilizar o Pró-Saúde e 3) efeitos do Pró-Saúde nos cenários de prática à luz da atenção integral à Saúde. Como resultados podemos afirmar que há muitos pontos em comum entre as propostas do PROMED e as do Pró-Saúde, ao passo em que a primeira versão da PNEPS apresentou baixa permeabilidade no âmbito local, influenciando as ações do Pró-Saúde mais no uso de conceitos e teorias do que na adoção de estratégias de operacionalização. A pactuação entre os atores da academia e do serviço, por sua vez, sinalizou desafios que passaram pelas questões político-partidárias; pela demanda de formação dos preceptores da rede e, ainda, pela disputa entre os princípios do SUS e os interesses do mercado. Sobre as repercussões para a atenção integral, a incidência do Programa nos fala de oportunidades criadas ao longo de sua vigência, ao passo que também foi marcado por oportunidades perdidas quando nos referimos ao curso médico, fazendo-se necessário, pois, que a integração ensino-serviço esteja amparada institucionalmente pelos os atores envolvidos nesta articulação, para além de dispositivos indutivos ao modo do Pró-Saúde. |