A Ode marítima é Os Lusíadas que falta (Ainda sem título).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cunha, Bruno Oggione Bernal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19000
Resumo: A presente dissertação é uma proposta de investigação e apresentação da postura de dois poemas – Os Lusíadas, de Luís de Camões, e a Ode Marítima, de Álvaro de Campos –, postura cuja tutela fica demarcada por um gesto plástico comum: a transmigração dos versos, que experiencia a linguagem e a ameaça. Nesse sentindo, a ambição deste trabalho é entrar em embate com as obras e verificar, enfatizando seus distintos gestos transmigratórios, como a tradução de momentos d’Os Lusíadas em Ode Marítima é o modo poético de demonstrar as transmigrações dos versos que – direta ou indiretamente, entre dois momentos do mar sentido, entre gente remota, no cais deserto – edificam Novo Reino. Em síntese, trata-se de apurar a possibilidade de pensar que o paquete, que entra de manhã pela barra, clássico à sua maneira, é o regresso d’Os Lusíadas. Com isso em mente, a ideia primeira de nossa proposta é a de que, em seus extensos poemas, Os Lusíadas e a Ode Marítima oferecem poéticas que negam a possibilidade de se tornarem datadas. Nesse aspecto, o poema de Álvaro de Campos traça, portanto, uma resposta que se constituiria num gesto de abertura ao pensamento de que a Ode Marítima é Os Lusíadas que falta.