As leituras de Os Lusíadas, de Luís de Camões, como instrumento político-ideológico no Brasil do século XIX e XX

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Nascimento, Robson Rafael de Oliveira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Letras
• Palavras-chave em Português: Discurso político y ideológico; Os Lusíadas; Camões; Discurso político-ideológico; Nacionalismo; Épica; Camões, Luis de, 1524?-1580 - Crítica e interpretação; Camões, Luis de, 1524?-1580. Os Lusíadas - Crítica textual; Discursos, alocuções, etc. - Brasil - Séc. XIX-XX; Nacionalismo - Brasil - Discursos, ensaios, conferências; Poesia épica portuguesa - História e crítica; CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6862

O poder d Os Lusíadas, que transcende o seu papel de ser literatura para se tornar a identidade de uma nação e fundamentar políticas e ideologias, é o tema desta dissertação, na qual se discute como a épica de Camões torna-se parâmetro em tal processo, deslocando-se de seu lugar de obra de arte, para base de uma forma de justificar um determinado discurso. Objetiva-se, então, discutir os ideários da epopeia camoniana como sustentáculo ideológico em algumas das produções ficcionais e não ficcionais no Brasil dos séculos XIX e XX. Notáveis escritores, políticos e gramáticos valeram-se do poema de Camões para embasar suas teorias nacionalistas, políticas e didáticas, reproduzindo, e/ou interpretando, segundo convinha, em suas obras e discursos, a retórica e as ideias do maior poeta lusitano. Desse modo, serão discutidos, nesta dissertação, a leitura do épico camoniano como fundador da identidade portuguesa e como serviu de símbolo do sentimento nacional brasileiro em algumas ocasiões. Serão abordadas também as aplicações d Os Lusíadas como fundamento político unificador entre Brasil e Portugal e, finalmente, como modelo de escrita para o ensino da língua materna