Efeitos dose-resposta da terapia vibratória sistêmica e a relação entre funcionalidade, flexibilidade, qualidade de vida, qualidade do sono, parâmetros bioquímicos e indicadores antropométricos em indivíduos com Síndrome Metabólica
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23333 |
Resumo: | A síndrome metabólica (SMet) é considerada uma condição de saúde grave, e é definida como um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, onde há a presença da obesidade central associada à dois ou mais desses fatores de risco. Como a SMet inclui sobrepeso e obesidade, fatores genéticos, envelhecimento e inatividade física, contribui para redução do desempenho funcional (função física e flexibilidade), estresse e, consequentemente, promove o comprometimento da qualidade de vida e da qualidade do sono. Alterações metabólicas e antropométricas também são componentes-chave da SMet, que prejudicam a homeostase metabólica e aumentam o risco cardiovascular. Nesse sentido, indivíduos com SMet são frequentemente sedentários, com baixa motivação e dificuldade para realizar exercícios físicos. Assim, a terapia vibratória sistêmica (TVS), que ocorre por meio do exercício de vibração de corpo inteiro (EVCI), pode ser uma modalidade de exercício adequada para essa população. Este estudo tem como objetivo investigar os efeitos dose-resposta de dois diferentes protocolos da terapia vibratória sistêmica sobre a funcionalidade, flexibilidade, qualidade de vida, qualidade do sono, parâmetros bioquímicos e indicadores antropométricos de indivíduos com SMet, bem como avaliar se existe relação entre estas variáveis. Trata-se de um ensaio clínico randomizado com análises cegas. Os indivíduos com SMet foram randomizados em dois grupos de protocolos de TVS, o Frequência Fixa (FF) e o Frequência Variada (FV). Ambos foram realizados em uma plataforma vibratória com deslocamento alternado da base. No grupo FF, foi utilizada uma frequência de 5 Hz, deslocamentos pico a pico de 2,5, 5,0 e 7,5 mm, com 1 min de tempo de trabalho sendo 10s “on” e 50s “off” e 1 min de repouso na posição em pé. No grupo FV, as frequências variaram de 5 a 16 Hz (aumentando 1 Hz a cada sessão), o tempo de trabalho foi de 1 min e 1 min de repouso, e os deslocamentos pico a pico foram os mesmos do protocolo FF. Os protocolos foram realizados em posições de agachamento, estático e dinâmico, duas vezes por semana, durante seis semanas, totalizando 12 sessões. A funcionalidade, flexibilidade, qualidade de vida, qualidade do sono, parâmetros bioquímicos e indicadores antropométricos foram avaliados antes e após os dois protocolos de TVS. Cinquenta e seis indivíduos com SMet foram randomizados para o protocolo FF (n=28, idade 61,00 (48,00;64,50) anos; índice de massa corporal (IMC) 34,30 (30,80;37,80) kg/m²) e para o protocolo FV (n=28, idade 58,00 (47,00;65,50) anos; IMC 35,70 (30,95;38,50) kg/m²). A TVS independente da dose promoveu benefícios e impacto positivo na funcionalidade, flexibilidade, qualidade de vida, qualidade do sono, parâmetros bioquímicos e indicadores antropométricos, e foram evidenciadas relações positivas e negativas entre estes parâmetros antes e após os protocolos aplicados, que podem ter sido moduladas pela TVS. Estudos futuros ainda são necessários para estabelecer o melhor protocolo de TVS para indivíduos com SMet e para uma maior compreensão sobre os mecanismos de ação envolvidos nos efeitos encontrados. |