Interação de Aeromonascaviae e hydrophila com células intestinais e epiteliais humanas in vitro e epitélio intestinal de coelhos ex vivo
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14367 |
Resumo: | Aeromonas é um importante patógeno para o homem e animais, sendo responsável pela etiologia de doenças intestinais e extra-intestinais. A presença de Aeromonas spp. nos alimentos e na água faz com que estes sejam importantes veículos de infecções para os seres humanos. A patologia causada por esta bactéria envolve inúmeros fatores de virulência, dentre eles a capacidade de aderir, invadir e produzir toxinas. As propriedades atribuídas a esses fatores têm sido extensivamente estudadas em experimentos de interação entre cepas bacterianas e cultura de células. No entanto, não há um modelo animal bem estabelecido no estudo da patogênese de Aeromonas spp. O presente estudo avaliou a interação de oito cepas de Aeromonas spp. previamente isoladas, a partir de fezes humanas, alimentos e água com linhagens celulares HEp-2, T-84 e Caco-2 quanto a ação das toxinas citotóxicas, o padrão de aderência celular, a capacidade de invasão e a sobrevivência intracelular. A interação de cinco cepas de A. caviae originárias de fezes diarreicas humanas com mucosa ileal e colônica de coelho ex vivo, utilizando cultivo de órgão in vitro (IVOC) também foi avaliada. Observamos que todas as cepas de Aeromonas foram aderentes às três linhagens celulares em 6 horas de incubação, exibindo o padrão agregativo. Entre as oito cepas estudadas, 50% produziram efeitos citotóxicos em células HEp-2, enquanto que nenhuma cepa foi citotóxica em células Caco-2 e T-84 após 48 horas de incubação. Este estudo demonstrou que as cepas de Aeromonas isoladas de diferentes fontes foram capazes de invadir linhagens intestinais (T-84, Caco-2) e linhagem epitelial (HEp-2) cultivadas in vitro e que sobreviveram no ambiente intracelular por até 72 h. Todas as cepas aderiram a mucosa ileal e colônica de coelho ex vivo, com maior grau de aderência na mucosa colônica. O típico padrão agregativo de aderência foi observado entre as cepas estudadas. Através de microscopia eletrônica e microscopia de luz foi possível observar extensiva colonização da mucosa do íleo e do cólon, grande produção de muco, formação de biofilme e alterações morfológicas tais como, intensa vacuolização, desorganização estrutural, extrusão celular e destruição das vilosidades. Nosso estudo demonstrou que a cultura de órgão in vitro (IVOC) da mucosa intestinal de coelho pode ser utilizada para investigar os mecanismos de patogênese de Aeromonas spp. Nossos resultados também contribuíram para corroborar o potencial patogênico de cepas de Aeromonas, ratificando sua importância na área de saúde pública. |