O DSM e os Discursos Contemporâneos: uma leitura psicanalítica de uma prática nos EUA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ribeiro, Carolina Cunha Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DSM
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14974
Resumo: A presente Dissertação buscou pensar um modelo de atendimento à saúde mental baseado no uso obrigatório e precoce do diagnóstico amparado pelo paradigma da psiquiatria biológica, e consequente medicalização. Parte de uma reflexão de uma experiência como terapeuta em uma ONG nos Estados Unidos da América. No modelo dessa prática terapêutica, embora possamos ressalvar aspectos positivos, encontramos diversos outros aspectos que por vezes estigmatizavam o indivíduo e não levavam em conta sua particularidade, fazendo com que o profissional trabalhasse em série, ao invés de trabalhar com o sujeito singular. Buscamos mostrar como esse tipo de prática clínica, que consideramos burocratizada, pode propiciar uma mudança subjetiva daquele que está sendo atendido. A Dissertação traz, inicialmente, um relato dessa experiência nos Estados Unidos da América, seguido de uma discussão sobre as categorias de normal e patológico, e também do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) utilizado nesse modelo de serviço, abordando os contextos históricos que o produziram, assim como as mudanças pelas quais passou em suas diferentes edições. Em seguida, são feitas considerações sobre o uso desse Manual, como, por exemplo, desconsiderar ou minimizar as características culturais dos sujeitos, bem como, muitas vezes, adotar o uso indiscriminado e mesmo abusivo de medicação. Por fim, à luz da teoria psicanalítica lacaniana, fazemos considerações sobre os discursos universitário e capitalista, com o objetivo de melhor pensar a prática clínica em questão